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porto velho, segunda-feira 3 de março de 2025
Quando o assunto é exploração de petróleo em águas profundas e profundíssimas, a Petrobras é uma referência mundial. Considerada uma espécie de joia da coroa das estatais brasileiras, a Petrobras é líder mundial em tecnologia para exploração e produção de petróleo, contudo, o que deixou especialistas do mercado financeiro e, principalmente, investidores, com uma pulga atrás da orelha, é como uma gigante do tamanho dela fechou o trimestre de 2024 com um rombo de R$ 17 bilhões, uma queda de 70% no lucro anual.
Qual é a explicação para esse desastre financeiro? A presidente da companhia teria dito que a culpa é de “uma coisa que não é real”. Estaria ela referindo-se a um ser inanimado, ou, então, um extraterrestre? Sinceramente, não entendi direito. Na verdade, o nome disso é desleixo e incompetência. Não conheço outra definição. É sempre assim: quando o governo acerta, todo mundo quer ser o pai da criança, porém, quando o governo erra, ninguém quer assumir o ônus da impopularidade ocasionado pela adoção de medidas equivocadas.
Enquanto o governo finge que não está acontecendo nada, que tudo está caminhando às mil maravilhas, a Petrobras vai acumulando prejuízos enormes, sendo empurrada para o abismo do descrédito, levando acionistas e consumidores a colocarem em xeque a capacidade de seus dirigentes tomarem medidas econômicas sérias e duradouras. A economia brasileira vai de mal a pior. A avaliação positiva do governo Lula vem caindo pelas tabelas, enquanto o presidente se comporta como se vivêssemos no reino encantado da fantasia. Esse é o Brasil do faz-de-conta, onde assuntos sérios, que envolvem a soberania do país e, principalmente, a vida do seu povo, são tratados com desdém e piadas de botequim de quinta categoria por alguns de seus dirigentes.