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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
BRASIL: O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24) que Élcio Queiroz, um dos presos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fez uma delação premiada à Justiça. Mais cedo, a Polícia Federal prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, em mais uma fase de avanço na investigação do caso. Além do mandado de prisão preventiva, os agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.
"Ele [Élcio] revelou a participação de um terceiro individuo, que é o Maxwell, e confirmou a particiação dele próprio e do Ronnie Lessa. Com isso, temos o fechamento de uma fase da investigação, com a conclusão de tudo o que aconteceu no crime", afirmou Dino.
O diretor da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que o ex-bombeiro teria tido participação na vigilância e acompanhamento da vereadora. "Além disso, ele foi o responsável por ocultar provas do crime", disse.
A vereadora foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes. O carro em que Marielle estava — e que era conduzido por Anderson — foi alvejado por 13 tiros.
O sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz estão presos acusados do crime. Segundo o Ministério Público, Lessa é o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Já Élcio é apontado como o motorista do veículo Chevrolet Cobalt usado no assassinato. No entanto, o mandante ainda é desconhecido.
Ao tomar posse no cargo, em 2 de janeiro, Dino prometeu atuar para desvendar o assassinato da vereadora e disse que era "questão de honra do Estado brasileiro" descobrir quem foi o mandante do crime. "Nós saberemos quem matou e quem mandou matar Marielle Franco", afirmou na ocasião.
Nos meses seguintes, ele trocou o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, colocando à frente da superintendência o delegado Leandro Almada da Costa, que investigou o caso.