BRASIL: A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que passou mal após cheirar pimenta em março deste ano, voltou a ser internada na UTI, disse o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).

Segundo o Crer, a mãe da jovem relatou que ela teve episódios de febre em meio a recuperação. Thais havia recebido alta há quatro dias após passar mais de três meses internada.

Entenda o caso

Thais e o namorado estavam em casa, almoçando com a família, quando a companheira teria cheirado uma pimenta-bode e começou a passar mal. Asmática, ela teve falta de ar e precisou ser levada às pressas para o hospital. Chegando ao local, Thais precisou ser reanimada pelos médicos.

Na avaliação do neurocirurgião e professor livre docente do Hospital das Clínicas de São Paulo Fernando Gomes, a trancista pode ter sido vítima de uma reação cruzada – quando há uma resposta imunológica a produtos diferentes, mas com componentes semelhantes.

O neurocirurgião aponta também a possibilidade de um elemento não identificado ter causado um choque anafilático, a forma mais grave de resposta alérgica que uma pessoa pode experimentar.

“Vale lembrar que a alergia pode acontecer em qualquer momento da vida, quando ocorre uma ‘desregulação’ do sistema imunológico do entendimento do que seria normal e estranho”, elucida Nicolletti.

“Você pode desenvolver alergia em qualquer idade, mesmo já tendo ingerido [uma determinada substância] e não ter tido nenhuma alergia, pois o sistema imune está em constante transformação”, completa.