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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: O policial militar Carlos Bahia Santos, de 31 anos, que denunciou ter sido vítima de homofobia e tortura dentro da Polícia Militar (PM), morreu nesta quinta-feira (10/8), em Açailândia (MA).
Carlos estava internado desde a semana passada, em estado grave, após sofrer agressões dos próprios colegas de corporação. Ele foi transferido para um hospital em São Luís (MA), onde morreu.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a causa do óbito do policial militar está sendo investigada pelo Serviço de Verificação de Óbitos do Instituto Médico Legal (IML).
Por sua vez, a Polícia Militar do Maranhão diz investigar a conduta dos PMs suspeitos de agredirem Carlos. A PM declarou que “não coaduna com qualquer prática de intolerância, visto que, a discriminação, seja racial, de gênero, religiosa ou por orientação sexual, não faz parte dos valores adotados pela corporação”.
Carlos Bahia denunciou as agressões sofridas em 27 de junho deste ano. Segundo o Boletim de Ocorrência, policiais militares chegaram na casa dele em uma viatura policial com a sirene ligada. Eles teriam declarado a prisão de Carlos por supostamente ter abandonado o posto de serviço.
Segundo o documento, os policias arrastaram Carlos pelo braço esquerdo e o puxaram para fora de casa enquanto ele vestia apenas uma toalha. Logo depois, os PMs entraram na residência sem permissão e começaram a revistar os cômodos.
Após o caso, Carlos Bahia escreveu uma carta denunciando os abusos, alegando ter sofrido homofobia e tortura. Além disso, ele também afirmou que o comandante do batalhão no qual estava escalado sabia dos abusos e negligenciou as ações dos policias militares.