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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL - O adolescente suspeito de participar do assassinato da contadora Kaianne Bezerra Lima Chaves, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, disse ter recebido R$ 50 pela execução do crime, segundo depoimento prestado à Polícia Civil.
O adolescente e outro suspeito do crime, Adriano Andrade Ribeiro, foram contratados pelo marido de Kaianne, Leonardo Nascimento Chaves, para executar o crime.
Conforme o inquérito policial, ao qual o g1 teve acesso, Leonardo teria dito aos criminosos que, com a morte da esposa, ele receberia cerca de R$ 90 mil do seguro de vida, e que daria parte do dinheiro aos dois.
No depoimento à polícia, o adolescente contou que Leonardo Nascimento tem dívidas com um chefe de facção do bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza, e que esse chefe havia mandado Leonardo “dar um jeito de pagar” a dívida, no que Leonardo teria dito que a morte da esposa “poderia lhe render um bom dinheiro”.
A morte da contadora foi considerada, inicialmente, como roubo seguido de morte. Porém, durante a investigação, a polícia descobriu que Leonardo e os criminosos haviam se encontrado na noite do crime, no dia 26 de agosto, em um shopping de Aquiraz, onde conversaram e combinaram detalhes do crime.
De acordo com o inquérito policial, Kaianne morreu "atingida por golpes de madeira na cabeça, socos em diversas regiões do corpo e em seguida foi sufocada por um travesseiro". O marido da vítima orientou os dois a roubar, inclusive, as alianças do casal para simular o latrocínio, que é o roubo e assassinato.
Adolescente se encontrou com o suspeito de encomendar a morte da própria mulher momentos antes do crime — Foto: Reprodução
Suspeito pediu à família para parar de cobrar a polícia
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Leonardo estava com passagens compradas para Portugal, mas a viagem foi cancelada após a reviravolta na investigação. O ex-marido, de 41 anos, foi preso na quarta-feira (6) apontado como mandante da morte.
Leonardo enviou mensagens aos familiares reclamando sobre as publicações deles nas redes sociais cobrando as autoridades uma resolução do caso. "Vamos reduzir essas postagens, de ficar cobrando, pq a polícia já fez 90% do trabalho dela", disse ele em uma das mensagens aos familiares de Kaianne.
"Eu me sinto mal toda vez que abro meu insta e vejo todos os familiares repostando os vídeos pedindo justiça", reclamou Leonardo em outra mensagem.