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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu inquérito para apurar as circunstâncias que envolvem a morte da servidora pública Cinthia Maria Santos Domingues de Oliveira, 42 anos, lotada como Gestora em Políticas Públicas e Gestão Governamental na Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). A mulher foi encontrada sem vida no quarto do apartamento em que morava com o companheiro, no Guará II, na manhã da última segunda-feira (18/9).
Socorristas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda tentaram reanimá-la, mas não obtiveram sucesso. A coluna apurou que o corpo da vítima foi mexido antes da chegada de policiais civis da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), unidade que investiga o caso.
O companheiro teria dito que a mulher cometeu suicídio em decorrência da ingestão de altas doses de medicamentos, mas parentes e amigos de Cinthia duvidam dessa versão.
De acordo com relatos de pessoas próximas de Cinthia, a servidora vivia um relacionamento abusivo, com constantes agressões físicas e discussões. Ela estava há oito anos com o companheiro, que não terá o nome revelado neste momento pelo fato de o caso ainda não ser investigado como feminicídio.
Colegas que trabalharam com Cinthia na Defensoria Pública do DF ouvidos pela reportagem foram unânimes em dizer que ela “vivia roxa” e era constantemente vítima de violência doméstica. Outra situação intrigante é que, após a morte da mulher, familiares teriam sido proibidos pelo companheiro dela de entrarem no apartamento.
Outro fato de amigos rechaçarem a tese de ato contra a própria vida é o de que Cinthia estava planejando com entusiasmo uma nova vida. Quem conviveu com a servidora lembra como ela era alegre, divertida e valorizava momentos com a família.
Atualmente, Cinthia estava cedida e ocupava cargo na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplag) do GDF.
Segundo o delegado-chefe da 4ª DP, Anderson Espíndola, um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte. “Estamos aguardando alguns laudos que são importantes para a investigação, como o exame histopatológico, que irá apontar, se houver substâncias, quais as quantidades encontradas no organismo da vítima”, explicou.