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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL -A criança de 10 anos que foi estuprada pelo líder religioso Julierme da Silva Marques, de 44 anos, em Porangatu, no norte de Goiás, tremia e chorava quando ficava perto do homem, segundo a Polícia Civil. O delegado Danilo Wendel detalhou que a menina de 10 anos foi encaminhada para acompanhamento psicológico após o crime. Pelo menos outras 15 pessoas denunciaram o líder até esta sexta-feira (29).
A prisão de Julierme ocorreu na terça-feira (26), no norte de Goiás, após ele ser filmado se masturbando enquanto espiava a menina. A casa dele e da vítima ficavam no mesmo terreno da igreja que eles frequentavam.
Ao g1, o advogado de defesa do líder religioso afirmou que o cliente é inocente e que está tomando as medidas judiciais necessárias. O advogado Luciano Henrique também afirmou que aguarda a conclusão do inquérito para apresentar provas.
A investigação teve início após a divulgação do vídeo, gravado por uma testemunha. Foi constatado que o homem tentou agarrar a criança.
“[Nessa situação], ela conseguiu se desvencilhar. Ele também ficava tentando verificar a menina no banho, jogava lanterna na casa, à noite, tentou entrar na casa e ela precisou trancar. Foram diversos atos”, afirmou o delegado.
Após a divulgação do vídeo, as outras vítimas procuraram a delegacia para denunciar o líder. Além de crianças, há vítimas já adultas e, inclusive, uma do sexo masculino. Segundo as investigações, as vítimas não frequentavam a igreja do líder religioso. A única exceção é a criança de 10 anos.
“São mais ou menos 15 vítimas variadas, mas nem todas quiseram prosseguir com a denúncia, algumas nos procuraram de forma anônima”, afirma o delegado.
As investigações também constataram que o líder religioso sempre se masturbava na presença da vítimas, sendo assim, cada caso será avaliado para saber se houve estupro ou apenas crime de importunação sexual.
De acordo com o delegado, Julierme era um líder de louvor da igreja que frequentava. Além disso, também desempenhava funções administrativas dentro do templo.
Por conta do alto número de vítimas, a Polícia Civil decidiu divulgar o nome e a foto do suspeito. Para denunciar, basta ligar no 197 ou entrar em contato pelo WhatsApp (62) 98598-7885.
O nome da instituição religiosa não foi revelado, por isso o g1 não a localizou para se manifestar sobre o caso.