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    porto velho, sábado 17 de maio de 2025

“Me tiraram de dentro da UTI”, diz médica presa no plantão por PMs em hospital

Policiais acusaram médica de desacato após profissional se recusar a dar informações sobre um paciente; local ficou 3 horas sem atendimento


METROPOLES

Publicada em: 03/10/2023 10:32:56 - Atualizado

BRASIL: Policiais militares prenderam uma médica de 53 anos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga, na zona sul de São Paulo, na noite desse domingo (1°/10). Ela teria sido acusada de desacato após recusar fornecer informações aos policiais sobre o estado de saúde de um colega, que está internado na unidade.

Testemunhas relataram à TV Globo que uma equipe da PM foi até a unidade para saber sobre o estado de saúde do policial aposentado que deu entrada na UTI, e pediu o boletim médico. Porém, a médica teria se negado a fornecer as informações por estar fora do horário de visitas e porque o procedimento do hospital determina que o boletim só pode ser passado para familiares.

A UTI do hospital teria ficado cerca de 3 horas sem atendimento até a liberação da médica, disseram as testemunhas.

Na versão dada pelos policiais no boletim de ocorrência, publicada pela reportagem, a acusação de desacato se deu porque a médica teria arremessado um documento no rosto de um tenente da PM.

O que dizem as autoridades

O Hospital Ipiranga lamenta o ocorrido e informa que dará total apoio à profissional médica envolvida no caso. A instituição explica que, de acordo com a Legislação, o boletim médico só pode ser passado a familiares, responsáveis legais ou por determinação judicial.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou que “embora o caso em questão seja de extrema sensibilidade, cabe ressaltar que os médicos devem prezar pelos seus deveres éticos, de sigilo e confidencialidade, conforme determina o artigo 75 do Código de Ética Médica.

O órgão informou que acolherá a médica, “que usou de suas prerrogativas éticas na ocasião, não podendo ser coagida a quebrar o decoro da profissão”.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou em nota que vai investigar a conduta dos policiais e, se for comprovado excesso, medidas serão adotadas.A Secretaria da Saúde do estado também não respondeu o contato da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações e esclarecimentos.

O caso foi registrado como desacato, ela foi liberada e o registro, encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).





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