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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: Investigadores da Polícia Civil que cuidam do caso do assassinato de três médicos, incluindo o irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), no Rio de Janeiro, não descartam que a execução possa ter sido feita sem motivação política.
A avaliação preliminar é que os criminosos buscavam outros alvos, e não os médicos assassinados.
Uma das linhas da investigação sugere que um dos médicos mortos, Perseu Ribeiro Almeida, pode ter sido confundido com o filho de um miliciano, pois os dois teriam a aparência física muito próxima.
Segundo essa hipótese, a execução encomendada seria a de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, um dos principais chefes da milícia que atua na zona oeste do Rio.
Os policiais ouvidos ressaltaram que as informações ainda são preliminares, e não descartam a possibilidade de vínculo político como motivação. Não são descartadas também as possibilidades de que o caso envolva a milícia no estado do Rio de Janeiro, e de que os executores sejam de outros estados.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, segue outra linha de investigação, e disse que o crime pode ter relação com a atividade parlamentar da deputada Sâmia Bonfim – ou do marido dela, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
A deputada Sâmia Bomfim chegou a registrar, no ano passado, um boletim de ocorrência por ter sofrido ameaças de morte.
Nesta quinta-feira (5), o ministro da Justiça, Flávio Dino, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu celeridade nas investigações.
O secretário-executivo da pasta, Ricardo Capelli, deve se reunir com o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, para tratar sobre o crime, na sexta-feira (6).