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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: "A alegria da nossa família foi embora", afirmou a sobrinha do bombeiro Adilson Ferreira, de 52 anos, que morreu após ter sido empurrado por um desconhecido nos trilhos da estação Sé do Metrô de São Paulo.
Joyce Ferreira de Alcântara, de 34 anos, descreve o tio como uma pessoa especial e indispensável.
Na sexta-feira da semana passada (13), Adilson estava a caminho de um evento em que iria trabalhar. Enquanto esperava o trem chegar na plataforma no sentido Tucuruvi, o brigadista foi empurrado para os trilhos e atropelado por um trem.
De acordo com Joyce, a família do bombeiro "está destruída", e as festas nunca mais serão as mesmas, pois o bombeiro era quem trazia felicidade. "A gente nunca via o tio Adilson triste. Sempre foi um cara da alegria e do bom humor."
Adilson nasceu no dia 1° de janeiro, e todos os anos a família inteira se reunia para comemorar o aniversário do bombeiro e a chegada do Ano-Novo. Mas não será mais assim. "Como será agora? Como vamos passar por esse dia? Faltando mais um na mesa? É doído."
Para Joyce, a forma como o tio morreu é "inaceitável", pois, "quando a vida é retirada por uma pessoa mal-intencionada, é difícil aceitar". A família recebeu a notícia por meio de terceiros, o que tornou tudo muito pior, segundo a mulher.
"Ele morreu, [os funcionários do Metrô] retiraram ele da via, e os trens voltaram a operar como se nada tivesse acontecido", afirma.
Em nota, o Metrô de São Paulo lamenta o ocorrido e se solidariza com a família de Adilson. Todo o protocolo de primeiros socorros foi cumprido pelos funcionários, segundo a companhia. A vítima foi resgatada com vida e encaminhada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, que comunicou os parentes da vítima.
Após o incidente, o suspeito de ter empurrado Adilson correu e fugiu pelas escadas. Uma moça que flagrou a ação, e chegou a passar mal com a situação, avisou a polícia e os seguranças do Metrô que não foi um acidente.
A empresa verificou as imagens das câmeras de monitoramento e constatou o crime. Horas depois, o homem se apresentou na delegacia com a presença de um advogado.
Ele alegou que sofre de síndrome do pânico e que confundiu a vítima com uma pessoa com quem tinha problemas no trabalho. Ele teria se sentido ameaçado e, por isso, empurrou o bombeiro.
O suspeito passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Adilson deixou a esposa, um filho e duas enteadas.