Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: Preso na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, desde 2019, Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como “Fernandinho Beira-Mar”, de 56 anos, passou por perícia psiquiátrica nos últimos dias, de acordo com o que foi apurado pelo g1. Com a consulta, o preso tenta liberdade para tratamento psicológico fora da cadeia.
O exame, solicitado pela defesa de "Fernandinho Beira-Mar", tem como objetivo corroborar com a tese de que o presidiário tem insanidade mental derivada das condições às quais ele submetido na prisão, de acordo com os advogados do homem que foi considerado um dos maiores traficantes do Brasil.
Conforme apurado, Fernandinho Beira-Mar alega que está com problemas mentais diante do isolamento imposto nos presídios federais pelos quais têm passado desde que foi capturado na Colômbia, em 2001.
O preso já passou outra temporada em Campo Grande, em meio as mudanças pelas penitenciárias federais de Catanduvas, no Paraná, Brasília (DF), Porto Velho (RR) e Mossoró (RN).
Entre as queixas apontadas por Beira-Mar na audiência, está a de que ele "sente falta de contato com os seis filhos biológicos e 11 adotivos".
O processo em que houve a perícia por psiquiatras corre em sigilo. Consultado, o advogado Luiz Gustavo Bataglin, representante de Beira-Mar na execução penal, declarou que não poderia comentar o caso, por estar correndo em segredo de justiça, mas confirmou a consulta com profissionais da psiquiatria.
Beira Mar cumpriu 25 anos de um total de 300 anos de prisão a que foi condenado.
O traficante Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2001, acumula penas que somam quase 320 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
Desde 2006, Beira-Mar está preso em um presídio federal. Atualmente, ele se encontra na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu que, apesar da vigilância, ele manteve o controle do fornecimento de drogas para favelas do Rio. A investigação da PF, na ocasião, levou 19 pessoas à prisão.
Segundo a Polícia Federal, as principais áreas de atuação de Fernandinho Beira-mar são três comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense: favela Beira-Mar, Parque das Missões e Parque Boavista.
Em 2019, o traficante teve negado um pedido para voltar ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro.