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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

Médico envolvido em procedimento fatal com DIU já foi denunciado por abuso sexual e agressão

Jessica Vieira, de 32 anos, morreu durante a retirada do DIU que havia colocado há 20 dias com o mesmo cardiologista


R7

Publicada em: 10/11/2023 10:26:28 - Atualizado

BRASIL: O cardiologista responsável por realizar o procedimento de retirada de DIU que terminou com uma paciente morta, no último sábado (04), já foi denunciado por abuso sexual e agressão. As denúncias foram feitas por uma paciente, uma ex-namorada e pela então esposa do médico.

Em setembro deste ano, uma paciente procurou a delegacia para denunciar o médico por abuso sexual. A mulher, de 43 anos, procurou o especialista para realizar um exame de risco cirúrgico e de ecocardiograma. Ao chegar no consultório, o exame de ecocardiograma foi realizado pela recepcionista da clínica. Quando ela entrou na sala para ser atendida, o médico disse que precisaria realizar um exame endovaginal nela.

A paciente achou estranho, mas não questionou a orientação. Durante a realização do exame, o médico proferiu frases de cunho sexual para a vítima e fez comentários sobre seu órgão genital. Após sair do consultório, a mulher procurou uma delegacia.

Em maio deste ano, uma mulher procurou a delegacia, relatando ser namorada do médico há cerca de quatro anos. Ela teria ido até a casa dele para eles discutirem o relacionamento, pois ela desconfiava que estava sendo traída. Ela conta que o homem teria se exaltado, segurado ela pelo braço, empurrado ela na cama e chutado sua perna. A mulher saiu da casa, procurou seu advogado, que orientou que ela fizesse um boletim de ocorrência.

Paciente morta

Jessica Marques Vieira, de 32 anos, morreu durante a retirada do DIU - dispositivo intrauterino - que havia colocado há 20 dias com o mesmo cardiologista. O procedimento aconteceu em uma clínica particular em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. O Conselho Regional de Medicina também vai abrir um procedimento administrativo para apurar o caso. Em nota, o Conselho Regional de Medicina disse que médicos estão autorizados a fazer os procedimentos que entenderem necessários aos pacientes, só não podem se apresentar como especialistas.




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