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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: A avó do menino Apollo Gabriel Rodrigues, que morreu na terça-feira (14), após ter sido esquecido dentro de uma van escolar, na vila Maria, na zona norte de São Paulo, lamentou a morte do neto e pediu justiça.
Em uma publicação feita nas redes sociais nesta quinta (16), Luzinete Rodrigues dos Santos afirma que o que fizeram com Apollo "foi injustiça" e diz que o amará eternamente.
"Eu estou numa tristeza, só Deus sabe o que a gente está sentindo. Ele era assim e eu vou ver ele sempre assim. Meu anjinho tá junto ao pai eterno", escreveu Luzinete em outra postagem.
O motorista Flávio Benes e a monitora Luciana Graft, responsáveis pela van escolar e por ter esquecido o menino no veículo, haviam sido presos em flagrante. No entanto, após audiência de custódia realizada nesta quarta (15), tiveram a liberdade concedida. Os dois vão precisar seguir uma série de medidas cautelares.
Na manhã da última terça-feira (14), antes de colocar o filho na van escolar, a mãe, Kalieli Rodrigues, contou que Apollo chorou e pediu para não ir à creche. A mulher afirmou que normalmente o filho ficava no banco da frente; porém, desta vez, foi posto atrás.
Era a avó de Apollo, mãe de Kalieli, que recebia a criança à tarde. Luzinete disse que aguardou até as 16h40 e o neto ainda não tinha chegado. Ela também teria estranhado o fato de que outra van estava fazendo a entrega das crianças, pois a "tia" de costume estaria passando mal.
Apollo foi esquecido no interior de uma van, deixada em um estacionamento, das 7h30 às 16h. O fato ocorreu durante uma onda de calor que atinge São Paulo, em um dos dias mais quentes do ano, quando a temperatura chegou a quase 40°C.
Ele só foi visto no interior do veículo quando o motorista, conhecido como "tio Flávio", foi pegar a van para buscar as crianças no fim do dia.
Kalieli foi comunicada pela família que o filho estava no hospital e, quando chegou lá, recebeu a notícia da morte do garoto.