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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
Há mais um mês o Pantanal arde em chamas. Com mais de 3 mil focos de calor nesta sexta-feira (17), um dos principais resíduos do fogo, a fumaça, tem se espalhado para além da região do bioma. Imagens captadas por satélites mostram o avanço da névoa para região Sul e Sudeste do país.
As imagens são do satélites do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A névoa de fumaça tem avançado principalmente para São Paulo, Paraná, Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul.
Em algumas cidades do noroeste do Paraná, como Paranavaí, é possível perceber a mudança no céu, que apresenta aspecto mais cinza desde quinta-feira (16).
O doutor em geofísica espacial e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredores de nuvens têm facilitado a chegada da névoa em outros estados brasileiros e até em países fronteiriços, como Paraguai e Bolívia.
O aumento de fumaça foi devido a chegada dessa pluma, em decorrência das queimadas que ocorreram no Pantanal e também na Amazônia. Isso mostra que a poluição do ar é um problema transfronteiriço, ou seja, que regiões relativamente distantes podem impactar outras regiões. Identificamos nesse momento uma condição moderada já aumentando, podendo chegar até uma concentração de ruim mais tarde", detalha o pesquisador.
O meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) Vinicius Sterling explica que o avanço da névoa de fumaça do Pantanal também é maximizado pelos incêndios na Amazônia.
Em Campo Grande, a qualidade do ar piorou nos últimos dias e a névoa dos incêndios do Pantanal se concentram de forma mais densa em Mato Grosso do Sul. Nesta sexta-feira (17), diversas cidades do estado amanheceram encobertas pela fumaça causada pelo fogo no bioma