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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: O caso aconteceu em maio, mas só ganhou repercussão agora, depois de um dos ex-alunos dela ter sido agredido por outros estudantes, que teria denunciado a professora.
No último dia 14, o mesmo estudante foi novamente agredido e precisou ser hospitalizado. A professora foi demitida em outubro.
A professora enviou mensagem a uma de suas alunas no dia 1º de maio na qual relata ter beijado o estudante do 9º ano. “Amiga, preciso te contar um grande segredo, não vou contar pra ninguém além de você porque confio muito [em você]. Peguei o [nome do aluno].”
Em seguida, a docente diz que queria transar com o estudante.
A aluna respondeu com uma reação de espanto: “Senhor, que ‘zuado’ [sic]!” A própria, então, denunciou a professora à direção da escola.
A gestora teria colocado a aluna e a professora frente a frente e as confrontado sobre o ocorrido.
Caso de agressão
Helena Cristina Andria, de 51 anos, é mãe do aluno que foi espancado após a denúncia contra a professora ser revelado. A criança, que também tem 14 anos, foi acusada por outros alunos de ter envolvimento com a delação.
Ela conta que a primeira agressão ocorreu ainda em setembro, quando três outros estudantes da unidade o abordaram e o atacaram fisicamente. Na ocasião, ele foi chamado de “cagueta”, termo popular utilizado para quem denuncia alguém.
Segundo o advogado Thiago Rodrigues, representante de Helena e de seu filho, na época a escola não tomou nenhuma atitude efetiva a respeito do ocorrido.
“A minha cliente foi até a escola, relatou o fato e falou com a diretora. Só que a diretora não tomou nenhuma atitude efetiva. A professora só foi desligada”, contou o advogado à CNN.
A agressão mais recente contra o mesmo aluno ocorreu na semana passada, segundo a mãe. Por volta das 16h do dia 14, o garoto estava passando por uma praça após sair da aula quando sete rapazes, alunos do mesmo colégio, o agrediram com socos e pontapés. Entre os agressores estaria o estudante que se relacionava com a professora.
Dois dias depois das agressões, ele precisou ser medicado e internado, ainda de acordo com a família. A mãe acionou a Guarda Civil Municipal (GCM) e registrou um boletim de ocorrência.
Ainda segundo o advogado, não houve qualquer tipo de suporte oferecido ao aluno pela unidade escolar e nem pela Secretaria de Educação do município.
O que dizem os envolvidos
Por meio de nota, a prefeitura de Praia Grande informou que a professora envolvida no episódio foi desligada por má conduta.
A Secretaria Municipal de Educação garantiu que a direção da escola remeteu os fatos ao Conselho Tutelar.
Sobre as agressões, a pasta afirmou que o caso não tem relação com o episódio de envolvimento da professora com o aluno menor de idade e que a briga ocorreu fora da unidade escolar.
Já a Polícia Civil comunicou que o caso foi registrado no 3º DP de Praia Grande.
Mais detalhes sobre o ocorrido não foram divulgados pela polícia para preservar os envolvidos, que são menores de idades. Por esse motivo, não foi informado se a professora foi indiciada por algum crime.