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porto velho, quarta-feira 30 de outubro de 2024
BRASIL: Um advogado e amigo da família afirma que Eberson Luiz Santos da Silva, o mototaxista morto na Avenida Brasil no último sábado durante ação policial na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, avisou que era trabalhador após ser baleado uma primeira vez e, ainda assim, recebeu mais um tiro.
Segundo o advogado Ed Wilson, Eberson saía para trabalhar, por volta das 19h, quando foi atingido por policiais militares. Ele seguia de mototáxi quando teve início uma incursão da PM na comunidade.
Ainda segundo o relato, os policiais disparam contra a perna de Eberson, que imediatamente caiu e gritou que era trabalhador, mostrando o crachá da empresa em que trabalhava. Os agentes, então, teriam ignorado os gritos de Eberson e feito um novo disparo contra a barriga dele.
O advogado acrescenta que vizinhos tentaram socorrê-lo, mas os policiais jogaram spray de pimenta para dispersá-los.
Revoltados, os vizinhos insistiram em tentar socorrer eberson, mas os policiais o levaram para a viatura e o levaram para o Hospital Municipal Albert Schweitzer. Wilson afirma ainda que até o momento, somente a versão dos policiais foi ouvida pela Divisão de Homicídios.
No início da noite de sábado (25), moradores da região fizeram um protesto e chegaram a interditar a Avenida Brasil.
Ed descreve Eberson como uma pessoa tranquila, pacífica e muito querida na comunidade, que está consternada com a tragédia. Segundo ele, Eberson trabalha como maqueiro na Iabas, O.S. responsável pela gestão de algumas unidades de saúde da cidade. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que Eberson foi maqueiro da UPA Costa Barros, mas já não integrava a equipe da unidade desde junho deste ano.