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    porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024

Operação da Polícia Penal Federal transfere principais chefes de facções do país nos presídios federais

Operação da Polícia Penal Federal teve 100 agentes e ocorreu sob sigilo


CNN

Publicada em: 16/01/2024 16:19:32 - Atualizado


BRASIL: Os líderes do Comando Vermelho, a maior facção do Rio de Janeiro, e outros presos apontados como chefes de facções foram transferidos de presídios federais. Entre eles estão ‘Fernandinho Beira-Mar’, ‘Marcinho VP’ e ‘Mano G’.

A CNN apurou que Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi escoltado de avião do presídio de Campo Grande (MS) para Mossoró (RN). Já Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, fez o caminho inverso e foi do Rio Grande do Norte ao Mato Grosso do Sul.

Ao todo, a operação da Polícia Penal Federal movimentou 11 internos que cumprem pena no regime fechado. Quase todos da cúpula da facção carioca. A Operação Próta, como foi batizada, reuniu 100 agentes e passou também pelo presídio federal de Catanduvas (PR).

O detento Gelson Lima Carnaúba, o ‘Mano G’, apontado pelas autoridades como um dos chefes da Família do Norte (FDN), maior facção da região norte do Brasil, também foi transferido de UM presídio federal a outro.

Integrantes do Sistema Penitenciário Federal informaram à CNN que esse rodízio de custodiados é uma medida adotada pela Polícia Penal Federal dentro da rotina de segurança das unidades prisionais, “sendo uma estratégia de inteligência penitenciária que visa desarticular as organizações criminosas por meio de rodízio periódico de presos entre as penitenciárias federais”.

Por se tratar de presos considerados de alta periculosidade e com posição de liderança nas organizações criminosas, a operação foi mantida sob sigilo e envolveu alto grau de complexidade e risco, sendo minuciosamente elaborada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça.

A ação aconteceu na última na quinta-feira (11).

Beira-Mar

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi o primeiro interno do Sistema Penitenciário Federal. O “preso 01” chegou na madrugada do dia 19 de julho de 2006 ao presídio de Catanduvas (PR) e nunca mais saiu da esfera federal. A penitenciária foi construída ao custo de cerca de R$ 20 milhões.

O traficante estava preso na sede da Polícia Federal de Brasília desde 23 de março daquele ano. O pedido de transferência foi feito pelo então Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e autorizado por um juiz da 1ª Vara Criminal de Curitiba, cujo nome não foi divulgado à época por questões de segurança.

Beira-Mar começou no crime ainda menino, de acordo com as autoridades fluminenses. Aos 20 anos, trabalhava para traficantes como “vapor” na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde nasceu.

Mais tarde, passou a controlar a favela e, em pouco tempo, se transformou num dos maiores vendedores de drogas no atacado do Brasil.

A notoriedade dele, já então considerado o inimigo público número 1 da polícia do estado, aumentou quando investigações da CPI do Narcotráfico confirmaram sua importância para o esquema de venda de drogas no país, alcançando a cifra de R$ 16,5 milhões entre 1995 e 1998.

Marcinho VP

Márcio dos Santos Nepomuceno foi apontado pelas autoridades fluminenses como chefe do Comando Vermelho, a maior facção do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia do Rio, Marcinho VP chefiava as bocas-de-fumo do Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, foi também condenado por inúmeros crimes, tais como homicídio qualificado, formação de quadrilha, entre outros.

Penas

Beira-mar: 317 anos
Marcinho VP: 44 anos


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