BRASIL: A cirurgiã plástica Daniele Barreto foi presa na terça-feira, 12, sob a suspeita de ter mandado assassinar o próprio marido, o advogado José Leal de Souza Rodrigues Júnior, de 42 anos, em Aracaju (SE). José Leal foi morto a tiros no dia 18 de outubro, enquanto conversava com seu filho de 20 anos. O menino é fruto de um relacionamento fora do casamento.

Thiago Leandro, delegado-geral da Polícia Civil de Sergipe, confirmou a prisão da viúva e de mais três pessoas. Segundo ele, o crime possuía, inicialmente, duas vertentes. "Tínhamos a vertente, por ele ser um advogado criminalista, ele tinha uma cliente do crime organizado, de facções criminosas, e isso foi um fato que focamos nessa investigação. E tínhamos uma vertente passional", explicou.

De acordo com o delegado, a mulher foi presa como suspeita do assassinato e por tentativa de homicídio contra o enteado. As investigações tramitam em segredo de justiça. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Aracaju e Laranjeiras.

O crime ocorreu na Avenida Jorge Amado, no bairro Jardins, na zona sul de Aracaju, uma área nobre da cidade. O advogado chegou a ser socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu e faleceu. Já o jovem de 20 anos ficou ferido.

Daniele Barreto é uma cirurgiã plástica bastante conhecida em Aracaju. O casal estava junto há cerca de 10 anos. No Instagram, Daniele soma mais de 145 mil seguidores. Após a morte de José Lael, ela chegou a publicar uma homenagem para o homem. Contudo, ela trancou o perfil logo depois.

Médica planejou o assassinato

A investigação da Polícia Civil apontou que José Leal foi morto em uma ação planejada pela esposa, Daniele Barreto, e por uma amiga de Daniele.

A vítima foi morta após ter deixado a residência da família para comprar um açaí, a pedido da esposa. Segundo a delegada Juliana Alcoforado, uma dos motivos pode ter sido ciúmes. "A vítima tinha fortes suspeitas, e externava para terceiros, de que a esposa estaria tendo essa relação com pessoas próximas. Pela desconfiança, ele tentou flagrá-la e houve uma discussão um dia antes do crime, no período da noite", afirmou.