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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASÍLIA DF - Após a liberação na quarta-feira, 26, pelo Banco Central de R$ 1,6 bilhões em compulsórios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 27, que o governo pretende liberar mais de R$ 100 bilhões desses recursos no futuro para estimular o crédito privado.
"Nosso primeiro desafio é a reforma da Previdência, mas faremos também a reforma tributária e o pacto federativo. Estamos desestatizando o mercado de crédito e ontem (quarta-feira) o Banco Central já liberou compulsórios para aumentar o crédito privado. Vão vir mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório no futuro", disse Guedes após encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP). O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também estava presente no encontro.
O ministro também citou outras ações em curso no governo. Segundo ele, uma maior competição no mercado de petróleo e gás terá impacto não só para indústria como também no preço do botijão de gás para as famílias.
Guedes repetiu que o governo pretende simplificar e reduzir impostos, além de concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia e a adesão do Brasil à OCDE.
Sem prazo definido
Depois da fala de Guedes, o Banco Central publicou uma nota informando que a ação relativa aos compulsórios ainda está em curso, “sem definições de prazos ou montantes”. “O BC não antecipa decisões ou regulações”, acrescentou a autarquia.
Segundo banco, a liberação anunciada na quarta-feira, 26, no valor de R$ 16,1 bilhões, terá efeito no dia 15 de julho deste ano.
O BC informou que a redução “estrutural” dos compulsórios faz parte das ações da Agenda BC#, na parte do pilar de eficiência de mercado. “O aprimoramento dos atuais instrumentos de assistência financeira de liquidez, também previsto na Agenda BC#, nos permitirão trabalhar com um nível de compulsórios mais baixo no futuro”, registrou o BC.
Horizonte de longo prazo
Fontes do Ministério da Economia explicaram que a fala de Guedes sobre a liberação de R$ 100 bilhões de depósito compulsório se refere um “horizonte” de longo prazo. Seria o resultado de um cenário após a implantação de um conjunto robusto de medidas na área que viabilizem a queda do estoque, que demoram ainda a serem implementadas.
Hoje, o estoque do compulsório é de R$ 452 bilhões. Não é para o curto prazo, garantem as fontes. Ao afirmar que o governo pretende liberar mais de R$ 100 bilhões desses recursos no futuro para estimular o crédito privado, o ministro estava com esse valor na cabeça depois das medidas.