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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
A polícia prendeu na noite desta quarta-feira (14), em São José do Rio Preto (438 km de SP), um gesseiro de 48 anos acusado de matar a ex-mulher, usando um travesseiro, na última terça-feira (13), em Suzano (Grande SP). Antônio Félix da Costa Filho confessou o crime, segundo a polícia.
De acordo com o delegado Rubens José Ângelo, o gesseiro estava escondido na casa de um parente desde o dia do homicídio. Ele fugiu para o interior paulista logo após matar a dona de casa Maria Elisângela Alves da Silva, 43, com quem viveu por 11 anos. Ambos estavam separados, segundo boletim de ocorrência, há cerca de três meses.
"Ele [acusado] foi se entregar à polícia em outra cidade, achando que não seria preso por conta do tempo do flagrante ter passado. Ele agiu maliciosamente, se apresentando à noite, quando o fórum estava fechado, visando impunidade", explicou o titular do Setor de Homicídios de Mogi da Cruzes.
Porém, o gesseiro não sabia que Ângelo havia solicitado a prisão temporária, de 30 dias, do acusado. A Justiça acatou ao pedido na tarde de quarta-feira (14). "Quando o acusado foi à delegacia do interior, o delegado me ligou e, lá mesmo, deu voz de prisão ao gesseiro", disse o delegado.
Quando investigadores do Setor de Homicídios chegaram ao 5º DP de São José do Rio Preto, o acusado teria confessado o crime. Segundo disse à polícia, ele e a dona de casa estavam separados. Porém, o gesseiro foi até a casa dela, pois desconfiava que a vítima "estivesse saindo com outra pessoa". "Ele tentou mexer no celular da vítima, para verificar se havia a mensagem do suposto amante. Por causa disso, ambos começaram a brigar", narrou o delegado.
Durante a briga, o acusado primeiramente esganou a vítima com as mãos, fazendo com que a mulher perdesse a consciência. Com ela desacordada, o ex-marido usou uma almofada para sufocar a vítima até a morte. Em seguida, ele fugiu.
O gesseiro foi indiciado por homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadoras são: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e feminicídio (quando a vítima é morta por ser mulher).