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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
RIO — O incêndio na noite dessa quinta-feira (12) no Hospital Badim, no Maracanã , deixou ao menos 11 mortos, mas ainda não há informações sobre a identidade deles. Dez corpos foram retirados de dentro da unidade durante a madrugada desta sexta-feira. Uma nova equipe dos bombeiros esteve no edifício pela manhã para fazer varredura e operação rescaldo. O Hospital Badim é uma unidade particular, integrante da Rede D’Or São Luiz, uma das maiores do país.
Em visita ao hospital, pela manhã, o prefeito Marcelo Crivella destacou que o episódio precisa ser investigado . Ele também confirmou que o prédio tinha todos os equipamentos necessários e previstos em lei contra os incêndios.
- O laudo vai dizer se houve ou não algum responsável. Mas, desgraçadamente, acidentes ocorrem em qualquer lugar. O prédio tinha todos os equipamentos. Na hora que eu vi todas as instalações, peço a Deus que esteja errado, mas é preciso ver se não houve sabotagens, é uma coisa que precisa ser investigada. Um motor que gera energia pegar fogo? O fogo vem da imprudência das pessoas, que acendem a chama em local que após não conseguem controlar, ou de algum circuito elétrico - questiona Crivella, que não crê em falta de manutenção, destacando a presença de brigada contra incêndio: - Os homens da própria unidade que retiraram os primeiros pacientes aqui de dentro do Hospital.
Alguns parentes das vítimas que estiveram no local do incêndio tentaram confirmar os óbitos através dos leitos, mas a identificação oficial só poderá ser feita nesta sexta, no Instituto Médico-Legal (IML). Na porta da unidade, à noite, muitos familiares se abraçavam e ainda tentavam buscar informações com outros hospitais na esperança de encontrar o ente e amigo internado em outro hospital.
Darci da Rocha Dias foi reconhecida por familiares ainda na madrugada desta sexta dentro da nova unidade do hospital Badim. Informações preliminares apontam que ela morreu pela inalação da fumaça durante o resgate. Segundo um familiar, Darci tinha 88 anos, estava internada no CTI B, e tinha a promessa que iria em breve para o quarto. Além dela, outras duas vítimas já foram identificadas por familiares: Luzia dos Santos Melo e Irene Freitas de Brito.
Em nota, a direção do Hospital Badim informou que está sendo disponibilizado o número de Whatsapp (021) 9 7101-3961 e o e-mail suportefamiliares@badim.com.br para que os familiares dos pacientes envolvidos no incêndio entrem em contato para receber informações sobre sua localização.
Quatro bombeiros que atuaram no incêndio precisaram ser encaminhados para o Hospital Aristarcho Pessoa , no Rio Comprido, ainda na Zona Norte. Alguns dos militares contaram que também participaram do resgate dos prédios que desabaram na Muzema, em 12 de abril:
— É sempre duro, mas é nosso trabalho. Aqui ainda a maior dificuldade por causa do breu que está no interior do prédio — contou um deles.
Um engenheiro da Defesa Civil municipal esteve no local, mas não foi possível ser feita a vistoria no prédio por conta da existência de focos de incêndio no interior da unidade. Uma equipe retornará ao local pela manhã para avaliar a estrutura do prédio.
Por volta das 6h, o Centro de Operações Rio informou que a Rua São Francisco Xavier, no Maracanã, foi totalmente liberada ao tráfego de veículos.
Segundo a direção do Hospital Badim, o fogo, a princípio, teria sido provocado por um curto-circuito no gerador de um dos prédios. Por conta das chamas, funcionários retiraram os pacientes do local às pressas e os colocaram nas calçadas, onde receberam atendimento. Eles foram transferidos para o Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, e unidades da Rede D'Or, além de unidades da rede municipal e do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, também na Tijuca.
O Quinta D'Or, em especial, recebeu quem teve queimaduras nas vias respiratórias. Para auxiliar nas emergências, a Uerj colocou uma equipe de cinco broncoscopistas à disposição. Informações extraoficiais davam conta de que 13 pacientes transferidos para o Hospital Quinta D’Or se encontravam em estado grave.
Ao todo, 103 pacientes estavam internados no hospital e 226 funcionários trabalhavam no momento do incêndio.
— O hospital tem 200 leitos, estava quase cheio. Todos os pacientes foram retirados. A fumaça que ainda está saindo, possivelmente é do gerador que é a óleo diesel — disse, ressaltando a corrente de solidariedade. — A vizinhança compreendeu, os demais hospitais também. Toda essa ajuda é muito importante. Existe uma movimentação muito grande para o problema ser resolvido, afirmou o proprietário do hospital, José Badim.