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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
BRASIL- A Principal patrocinadora da seleção brasileira e suspeita de pagar suborno em contratos com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a Nike foi citada nesta segunda-feira (27) no escândalo de corrupção da Fifa que está sendo julgado em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo depoimento de Luis Bedoya, ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol, a empresa de material esportivo teria oferecido propinas para fechar contrato com a seleção colombiana em 2010.
A proposta teria ocorrido durante uma reunião de Bedoya com um represente da companhia em Buenos Aires, na Argentina. Apesar da suposta tentativa de suborno, os Cafeteros trocaram a Umbro pela Adidas, principal concorrente da Nike.
Líder da indústria de material esportivo, a Nike já é investigada pela Justiça dos Estados Unidos pelo contrato com a seleção brasileira avaliado em US$ 160 milhões (R$ 515 milhões). Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é suspeito de ter dividido com o empresário J. Hawilla, da Traffic, uma propina de US$ 30 milhões (R$ 96 milhões) por terem fechado o acordo recordista em cifras em 1996. Um dos intermediários do negócio foi o então chefe da Nike no Brasil, Sandro Rosell, que anos mais tarde seria o presidente do Barcelona e amigo íntimo de Teixeira.
A Nike é uma das empresas norte-americanas que, com o Fifagate, estão sendo examinadas pelas autoridades de regulação do país. Se ficar determinado que ela, ou qualquer outra companhia, violou as regras de combate à corrupção nos EUA, as multinacionais podem sofrer multas milionárias. No Brasil, o acordo entre Nike e CBF gerou a abertura de uma CPI há mais de dez anos, mas que não resultou em qualquer tipo de punição.
Procurada pela reportagem, a Nike ainda não se pronunciou sobre o caso e informou que a equipe de comunicação da empresa irá se reunir para posteriormente emitir um parecer.