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porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
BRASIL – Representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, conseguiram pela primeira vez acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (13), horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula d BRICS, que reúne os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.
Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local de Tomas Silva, ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil. A embaixadora Maria Teresa Belandria não está no País.
Segundo comunicado dela, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.
Leal a Maduro, adido militar fica do lado de fora da embaixada
Houve um princípio de confusão e a Polícia Militar foi acionada. O adido militar chavista, leal ao regime, ficou do lado de fora. É a primeira vez que eles entraram na Sede, ainda controlada pelo chavistas, desde que presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.
A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro – que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil.
Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no País façam o mesmo e garantem ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.
Na TV, Maduro pede que milícias civis patrulhem as ruas da Venezuela
Em pronunciamento televisivo nesta terça-feira, Maduro, fez um apelo às milícias civis para que patrulhem as ruas do país em meio às ameaças de protestos da oposição.
Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, convocou uma manifestação contra o regime para o sábado, 16.
Maduro, sentado entre líderes militares, ordenou que os cerca de 3,2 milhões de civis venezuelanos que integram milícias intensifiquem as rondas nas ruas em todo o país.
O presidente da Venezuela disse que as mesmas forças “imperialistas” que derrubaram o presidente boliviano Evo Morales no domingo, 10, querem tirá-lo do poder.