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Câmara aprova nome de Marisa Letícia para viaduto após tirar de bairro nobre


G1

Publicada em: 12/12/2017 09:35:11 - Atualizado

BRASIL- A Câmara de São Paulo aprovou nesta segunda-feira (11) um projeto de lei que dá o nome da ex-primeira dama Marisa Letícia, morta em fevereiro deste ano em razão de um acidente vascular cerebral, a um viaduto no extremo sul da capital.

O projeto só foi aprovado após o local da homenagem ser alterado pelos vereadores. O texto original, aprovado em primeira votação em março, previa a homenagem na Chácara Santo Antônio, bairro nobre da capital. O nome da mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria dado ao prolongamento da Avenida Chucri Zaidan.

O projeto, assinado pela bancada do PT, ficou parado por quase 9 meses em razão da resistência de demais vereadores. O G1 apurou que moradores do bairro pressionaram contra a aprovação do projeto porque não queriam a homenagem a Marisa Letícia em uma via de destaque da Chácara Santo Antônio.

Nas últimas semanas, o presidente da Casa, Milton Leite (DEM), e o vereador Reis (PT) apresentaram um substitutivo que prevê que o nome de Marisa Letícia será dado ao viaduto que se inicia na Estrada do M’Boi Mirim e termina na confluência da avenida Luiz Gushiken – outro nome ligado ao PT, ex-deputado federal e ex-ministro, morto em 2013 – com a rua Adilson Brito.

O projeto de lei foi aprovado de forma simbólica pelos vereadores – sem votação nominal – e segue para sanção do prefeito João Doria (PSDB).

Na justificativa do projeto, os vereadores lembraram que Marisa Letícia liderou a Passeata das Mulheres, em 1980, em protesto pela liberdade de sindicalistas presos à época, entre eles Lula, e que foi primeira-dama durante oito anos.

A ex-primeira-dama era ré em processo da Operação Lava Jato relativo a um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. O apartamento é atribuído a Lula pelo Ministério Público Federal e seria fruto de suposta propina da OAS em razão de corrupção em contratos com a Petrobras. O petista já foi condenado em primeira instância a 9 anos e seis meses de prisão. Ele nega as acusações e está recorrendo. A acusação contra Marisa Letícia foi arquivada após sua morte.

Outros projetos

No total 19 textos foram aprovados em segunda votação. Outros 36 passaram pela primeira discussão. Um deles altera o nome da Praça da Sé em homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, morto em dezembro do ano passado. O nome do espaço passará a ser Praça da Sé – Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, caso o projeto seja aprovado em segunda votação e sancionado pelo Executivo.

Também foi aprovado o projeto de decreto legislativo de autoria do vereador Milton Leite para conceder a medalha Anchieta ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A medalha é a maior condecoração do município.


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