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porto velho, sexta-feira 6 de dezembro de 2024
BRASIL- O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) confirmou, na manhã desta quarta-feira (25), que a estudante Isadora de Morais, de 14 anos, baleada por um colega no colégio em que estuda, está paraplégica. Segundo o último boletim divulgado pela assessoria de comunicação da unidade, a menina sofreu uma lesão na medula e perdeu o movimento das pernas.
“A adolescente apresenta uma lesão na medula espinhal, no nível da 10ª vértebra da coluna torácica, que comprometeu os movimentos dos membros inferiores de forma definitiva. A paraplegia já havia sido diagnosticada no dia de sua admissão”, informou o hospital.
De acordo com a nota, Isadora continua internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) humanizada, com estado de saúde regular. A menina está, segundo o hospital, orientada, consciente e respirando sem a ajuda de aparelhos.
Além de Isadora, continuam internadas as estudantes Marcela Macedo, que segundo a assessoria de comunicação do Hugo está internada em uma enfermaria com estado regular, e Lara Fleury, que está no Hospital dos Acidentados e não teve o boletim médico divulgado. Lara divulgou um áudio na terça-feira (24) para agradecer o apoio das pessoas e revelou que está se recuperando.
A mãe de Isadora, Isabel Morais, disse durante um culto em homenagem às vítimas dos tiros, realizado na terça, que a filha pediu "as pernas de volta" aos médicos. A mãe da adolescente afirmou ainda que tem fé de que a filha possa se recuperar.
"Ela me disse: 'Mamãe, morri e parecia que estava em um sonho e acordei de novo. Fala para os médicos que quero minhas pernas de volta'. Acredito, creio que Deus vai recuperar a medula da minha filha, sei que Deus faz o impossível, mas também sei que minha dor não é maior do que a de quem perdeu os filhos”, completou.
O crime aconteceu no fim da manhã de sexta-feira (20) em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Os tiros foram disparados por um aluno da classe, de 14 anos, no intervalo entre duas aulas.
Os alunos João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, morreram ainda no colégio. Os corpos foram enterrados no sábado (21), em cemitérios de Goiânia.
O estudante Hyago Marques, de 13 anos, também foi baleado e foi o primeiro a receber alta, no domingo (22). Já em casa, ele afirmou que perdoa o colega autor dos disparos, mas que "nada justifica a reação dele".
Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos tiros disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime. Filho de policiais militares, ele pegou a pistola .40 da mãe e a levou para a unidade educacional dentro da mochila.
O pai do adolescente prestou depoimento à polícia e negou que soubesse que o filho sofria bullying. Disse, ainda, que nunca ensinou o filho a atirar e que ele pegou a arma descarregada sobre o guarda roupas e a munição em uma gaveta trancada após procurar e achar as chaves.
Veja a sequência dos fatos: