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porto velho, quarta-feira 21 de maio de 2025
BRASIL - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (26) que o governo federal fechou um acordo com empresas particulares declarando-se favorável à compra de 33 milhões de doses da vacina contra a covid-19 do laboratório AstraZeneca. Metade dos imunizantes, desenvolvidos em parceria com a Universidade de Oxford, irá para o SUS (Sistema Único de Saúde), explicou ele.
"Semana passada nós fomos procurados por um representante de empresários e nós assinamos carta de intenções favorável a isso, para que 33 milhões de doses da Oxford viessem do Reino Unido para o Brasil a custo zero para o governo. E metade dessas doses, 16,5 milhões, entrariam aqui para o SUS e estariam então no programa nacional de imunização", disse durante a videoconferência do banco Credit Suisse na manhã desta terça.
Bolsonaro afirmou que a outra metade das doses poderá ser aplicada nos funcionários das empresas. A medida foi tomada, diz, com o objetivo de estimular a economia do país.
O chefe do Executivo enfatizou que o fato de as 33 milhões de doses virem de graça foi essencial para a decisão do governo. Ele também criticou a imprensa por dizer que as empresas poderiam estar furando a fila da vacinação.
Guedes afirmou no mesmo evento que caberá às empresas assumir a responsabilidade pela vacinação. "É bom que seja uma vacina certificada pela Anvisa. E nós botamos também o setor privado ajudando nessa guerra. É evidente que isso é muito bom. Um lado [50% das doses] é retorno seguro ao trabalho, e o outro é dos desassistidos, para os invisíveis que o SUS vai cuidar também."
Tratamento precoce
Bolsonaro usou o evento para novamente defender o tratamento precoce para a covid-19, com o uso da hidroxicloroquina. Ele elogiou uma publicação do Conselho Federal de Medicina, que exaltaria a independência do médico e do paciente na prescrição de medicamentos.
"Quem decide o tratamento precoce é o médico. Ele pode, na ponta da linha, em comum acordo com o paciente, decidir o que vai receitar."
Disse que o número de mortes no Brasil caiu durante a primeira onda da pandemia graças "à preocupação e ao profissonalismo do médico brasileiro" e que a situação seria pior "se não fosse o tratamento off label, fora bula, feito lá atrás".