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porto velho, terça-feira 3 de junho de 2025
BRASIL: Há uma semana, Jéssica Conduta, de 29 anos, e o marido têm tido noites insones. Eles vivem um período de grande preocupação com a saúde do filho caçula.
"A gente não tem dormido. Quando não sou eu, é o meu marido que fica cuidando dele, zelando e aferindo a temperatura para ver se ele está com febre", diz a mãe à BBC News Brasil.
O temor constante em relação ao filho, de um ano e dez meses, é justificado por um episódio que aconteceu no início da semana passada. O garoto, assim como outras 27 crianças, foi vacinado indevidamente contra a covid-19 em Itirapina, no interior de São Paulo, em 13 de abril.
As crianças deveriam ser vacinadas contra a gripe, mas receberam uma dose da CoronaVac, imunizante contra a covid-19 que até o momento não deve ser aplicado em menores de 18 anos. Na cidade, também foram vacinados erroneamente 18 adultos, entre eles duas gestantes.
Um dia após o erro em Itirapina, situação semelhante foi registrada em outra cidade de São Paulo. Em Diadema, cinco crianças foram vacinadas indevidamente com a CoronaVac.
Após as imunizações erradas, o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac no Brasil, informou que não há, até o momento, conclusões científicas de segurança ou eficácia da vacina em crianças ou em gestantes.