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Primo de Jair Bolsonaro morre de Covid-19 em Santa Catarina

Álvaro Alberto é primo por parte de mãe do presidente Jair Bolsonaro. Ele morava há uma semana em Florianópolis, antes de ser internado com Covid-19


FELIPE BOTTAMEDI

Publicada em: 10/05/2021 23:50:02 - Atualizado

BRASIL: O professor universitário Álvaro Alberto de Araújo morreu na última quinta-feira (6), aos 52 anos, vítima da Covid-19. Ele ficou quase um mês internado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis. Araújo era primo de Jair Bolsonaro, informação confirmada pela família do presidente.

Ele é primo de Jair Bolsonaro pela parte materna. A mãe do professor é irmã de Geraldo Bolsonaro, pai do presidente. A informação foi confirmada por Vânia Bolsonaro, irmã de Jair Bolsonaro, que não quis falar sobre o assunto.

Álvaro Alberto se mudou para Florianópolis no dia 6 de abril, e deixou Aracajú para viver em Jurerê Internacional junto ao companheiro, o ex-atleta Rafael Nunes Carvalho. Em Sergipe, Álvaro Alberto atuava como professor desde 2006 no DTA (Departamento de Tecnologia de Alimentos), na UFS (Universidade Federal de Sergipe).

“Antes, nos revezávamos. Ele ficava um pouco aqui [Florianópolis], e eu ficava um pouco em Aracajú. Agora ele ia morar definitivamente aqui. O Álvaro veio até com as roupas de inverno, para o frio. Nós íamos casar”, lamenta o companheiro. Rafael é natural de Araranguá, e mora em Florianópolis.

Como as aulas ocorrem de forma remota, devido a pandemia, a mudança de Estado foi viabilizada. Mas três dias depois, Álvaro Alberto precisou ser internado em decorrência da Covid-19. Foram 28 dias de luta contra o vírus, acompanhados de perto por Rafael.

Álvaro Alberto e Rafael estavam juntos há cerca de um ano – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

Já no primeiro dia de internação, Álvaro estava com 25% do pulmão comprometido pelo vírus. Devido ao agravamento da infecção, o professor precisou ser intubado no dia 12 de abril. Apesar de já ter sofrido trombose, ele não tinha comorbidades e treinava diariamente, conta o companheiro.

No último dia 6, Álvaro Alberto não resistiu. Ele sofreu pneumonia e falência dos órgãos em decorrência da Covid-19. O corpo foi sepultado no Cemitério da Saudade, no município de Campinas, em São Paulo. As cerimônias de despedida ocorreram no dia 8 de maio.

Antes de ser sepultado, coube a Rafael ler um texto contando a história do professor. “Foi um momento de pura emoção. As últimas palavras para ele foram minhas”.

Sonhos interrompidos

“O sonho dele era casar, fazer viagens. Planejávamos realizar a cerimônia de casamento em Cancún, no México, para poucos amigos. Tínhamos uma vida perfeita”, conta o companheiro, que chegou a organizar rodas de oração para a melhora de Álvaro Alberto. Os dois estavam juntos há cerca de um ano.

A partida do professor também foi lamentada pela UFS. “Todos nós, servidores e discentes do DTA, lamentamos imensamente essa perda tão precoce do nosso querido professor Álvaro”, manifestou o departamento, por meio de nota.

Para o amigo João Antonio Belminos Santos, que também é chefe do departamento onde Álvaro atuava, as marcas do professor eram a simplicidade, a cordialidade e a amizade. “Uma pessoa incrível, de coração fantástico. Todos nós estamos sofrendo a partida dele. Está todo mundo triste”, lamenta.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente Jair Bolsonaro, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.





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