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    porto velho, sábado 21 de junho de 2025

ONG é acusada de apropriação de terra na Amazônia, diz senador

O senador disse que não se pode “estigmatizar e nem demonizar ongs”, mas é preciso ir a fundo nas investigações...


JOVEM PAN

Publicada em: 06/12/2021 09:08:14 - Atualizado

BRASÍLIA - DF - Na sua cruzada para instalar CPI (comissão parlamentar de inquérito) sobre a atuação de ongs (organizações não governamentais) na Amazônia, o senador Plínio Valério (PSDB) disse nesta terça-feira, dia 17, que somente uma, chamada de Opção Verde, é proprietária de quase metade das terras do município de Coari, a 363 quilômetros de Manaus.

O município abriga a bacia petrolífera de Urucu e é conhecido como a terra do petróleo. A reportagem não conseguiu contato com a ong.

“Uma só ong, que tem página em inglês na internet – não está nem traduzida para o português –, já é proprietária de quase metade das terras de Coari. Sabem o que existe em Coari? Petróleo e gás”, denunciou o senador, prometendo mais informações para esta quarta-feira. Ele chegou ao Senado com a posse de documentos sobre o caso.

“Eu não sei quantos centímetros tem isso aqui, mas seguramente são muitos centímetros. Há uma ong na Amazônia chamada Opção Verde, onde uma brasileira assume e três estrangeiros são sócios, em um escritório que fica fechado permanentemente”, afirmou.

Segundo ele, são negócios de compra de terras em Coari e mostrou documento de cartório, assinado por advogado e por comprador. “Eles saem, pegam o dinheiro, como todas elas, lá fora, e saem comprando terras onde há riquezas”, acusou. Disse que o documento também circula na promotoria pública.

Para ele, esse tipo de denúncia sobre as “grandes ongs” não consegue ir adiante, por isso trabalha pela instalação da CPI. “Não vou esmiuçar, meu caro senador Paulo Paim (PT-RS), porque quero fazer isso de forma mais veemente (…) Então, eu me dou o direito de falar de forma veemente sobre assunto amanhã, aqui”, afirmou.

O senador ressaltou que não se pode “estigmatizar e nem demonizar ongs”, mas é preciso ir a fundo nas investigações. “As ongs que trabalham seriamente, as ongs que prestam serviços à Amazônia terão de todos nós um atestado de idoneidade”.


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