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porto velho, sábado 21 de junho de 2025
BRASIL - A juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, responsável pelo julgamento do caso Henry Borel, está buscando as imagens do carro do ex-vereador Dr. Jairinho a caminho do hospital no dia da morte de Henry.
O objetivo da magistrada é tentar entender como o ex-vereador, sua companheira, Monique Medeiros, e o filho dela, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, fizeram o trajeto entre o condomínio Majestic, na Barra da Tijuca, e o Hospital Barra D’Or, durante a madrugada de 8 de março. A Juíza pretende verificar as circunstâncias em que foi o veículo foi conduzido (velocidade presumida e eventuais infrações).
O casal Monique e Jairinho é réu por tortura e homicídio qualificado da criança e ainda por fraude processual e coação no curso do processo.
O oficio foi encaminhado pela juíza Elizabeth Machado Louro à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio). Contudo, o órgão público ligado a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que as imagens não ficam guardadas com eles. De acordo com a CET-Rio, uma outra empresa é responsável pela manutenção dessas gravações.
Segundo informou o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), a chefe de cartório da 2a Vara Criminal enviou um ofício para a empresa (o nome não foi divulgado) e a resposta está sendo aguardada. Porém, ainda segundo o TJ-RJ, não é possível afirmar se a resposta chegará antes das audiências, marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro.
O caso
Henry morreu no dia 8 de março e, segundo denúncia do Ministério Público fluminense, foi vítima de sessões de tortura do padrasto, o ex-vereador Jairo Souza dos Santos, conhecido como Dr. Jairinho. A mãe do menino, a professora Monique Medeiros, é ex-namorada de Jairinho e também é ré na ação.
Caso Henry Borel: entenda o julgamento de Doutor Jairinho e Monique Medeiros
Jairinho e Monique estão presos desde abril, quando foram denunciados por homicídio qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
A primeira audiência de instrução e julgamento - em que um juiz atesta a materialidade de um crime que deve ser julgado - , aconteceu no dia 6 de outubro com a oitiva de 12 testemunhas, e durou 14 horas.
Duas novas sessões estão marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro deste ano, quando testemunhas de defesa deverão ser ouvidas pela Justiça.