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Organização Mundial da Saúde diz que vacinas contra Covid-19 precisam ser atualizadas

Todos imunizantes disponíveis hoje no mundo têm como base a cepa original do coronavírus, que praticamente já desapareceu


R7

Publicada em: 11/01/2022 11:25:29 - Atualizado



BRASIL - A OMS (Organização Mundial da Saúde) instou fabricantes de vacinas contra a Covid-19 a desenvolverem uma segunda geração de imunizantes, diante da explosão global de novas infecções provocadas pela variante Ômicron do coronavírus, mais transmissível do que todas as outras já identificadas.

Em um comunicado interino, divulgado nesta terça-feira (11), a entidade multilateral ressalta que as vacinas "precisam ser baseadas em cepas que são geneticamente a antigeneticamente próximas das variantes circulantes do SARS-CoV-2".

Outro ponto destacado é que a nova geração de imunizantes, além de prevenir contra casos graves e mortes – atuais já têm uma boa eficácia –, precisa oferecer uma proteção maior contra a infecção, "diminuindo assim a transmissão comunitária e a necessidade de medidas sociais e de saúde pública rigorosas e de amplo alcance".

As atualizações das vacinas disponíveis hoje ainda devem, segundo a OMS, provocar respostas imunes "amplas, fortes e duradouras", a fim de reduzir a necessidade de sucessivas doses de reforço.

As sugestões do grupo de especialistas que assessora a Organização Mundial da Saúde envolvem desde uma vacina multivalente contendo antígenos de diferentes coronavírus até uma vacina chamada de "pan-SARS-CoV-2. Esta poderia ser, de acordo com o comunicado, "uma opção de longo prazo mais sustentável que seria efetivamente à prova de variantes".

A declaração da OMS ocorre um dia após o diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, anunciar que a companhia terá disponível em março uma vacina adaptada contra a variante Ômicron.

A Moderna, outra empresa estadunidense da vacinas contra Covid-19, também prevê uma atualização do imunizante a partir do segundo trimestre.

Atualmente, todos os imunizantes existentes têm como base a cepa original do vírus, identificada em Wuhan (China) no fim de 2019. Todavia, ela praticamente já não circula mais.


O surgimento rápido de novas variantes – algo natural quando há um grande número de pessoas infectadas – foi fazendo com que as vacinas perdessem eficácia.

Ainda assim, todos os produtos aprovados pela OMS (incluindo os usados no Brasil) oferecem uma proteção significativa contra casos graves e mortes.


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