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porto velho, sábado 20 de abril de 2024
BRASÍLIA – DF - A Associação Brasileira de Municípios (ABM) divulgou uma nota, nesta quinta-feira (13), em que repudia a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevista à imprensa na segunda-feira (10), de que não irá repassar recursos financeiros para o enfrentamento da crise em saúde pública a prefeituras ou estados que adotarem medida restritiva no combate à covid-19.
A entidade critica que, agora que a crise sanitária volta a ameaçar a população, o presidente deveria estar articulando uma resposta nacional com os entes da Federação “para estancar o mais rapidamente possível a contaminação da nova variante do vírus da covid, e não ameaçar as autoridades com bloqueio de receitas.”
A nota, assinada pelo presidente da ABM, o prefeito de São Leopoldo (RS), Ary Vanazzy (PT), também indica três medidas que julga como prioritárias no atual momento: iniciar a vacinação de crianças imediatamente; lançar uma Campanha Nacional de Reforço da Vacinação para terceira dose; convocar uma reunião Federativa para articular um Plano de Ação que o momento exige.
Confira a nota na íntegra:
ABM repudia fala de Bolsonaro contra municípios e estados
A Associação Brasileira de Municípios (ABM) repudia com veemência a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, que voltou ameaçar Municípios e Estados, dizendo que não ajudará financeiramente ao ente da Federação que adotar medida restritiva de combate ao vírus, afirmação veiculada em entrevista a uma emissora de comunicação, no último dia 10 de janeiro.
Como autoridade máxima da Nação, agora, que a crise sanitária ameaça voltar, o presidente da República, deveria estar articulando uma resposta nacional, com Prefeituras e Governos de Estados, para estancar o mais rapidamente possível a contaminação da nova variante do vírus da Covid, e não ameaçar as autoridades com bloqueio de receitas.
Prefeituras e Governos Estaduais foram os principais atores federativos no enfrentamento da crise sanitária, provocada pela Covid-19, nos dois últimos anos. A despeito da ausência da União na articulação de uma política pública comum, coesa e unificadora de combate ao vírus, foram os entes sub nacionais que se colocaram na linha de frente, adotando medidas de prevenção e saneadores responsáveis, respaldadas tecnicamente pela ciência.
É lamentável que no terceiro ano de combate à propagação do vírus, o Governo Federal não tenha entendido o seu papel, a responsabilidade e o protagonismo dos municípios brasileiros no enfrentamento da Covid-19.