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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL- Marcelo Odebrecht e o ex-executivo Paulo Ricardo Baqueiro serão reinterrogados no processo da Operação Lava Jato que apura a compra de um terreno pela empreiteira para o Instituto Lula.
Os dois serão ouvidos a partir das 16h desta quarta-feira (11), na Justiça Federal em Curitiba, especificamente sobre novos e-mails anexados à ação pela defesa de Odebrecht, em fevereiro deste ano.
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, apresentaram questionamentos sobre as mensagens eletrônicas e, por isso, o novo interrogatório foi marcado pelo juiz federal Sérgio Moro. Veja um trecho da decisão abaixo.
De acordo com a defesa de Odebrecht, as mensagens estavam no computador pessoal do empresário e comprovam a negociação para a compra da sede do instituto do ex-presidente. Lula nega as acusações do Ministério Público Federal (MPF).
No processo, Moro já ouviu as testemunhas de defesa e de acusação e também todos os réus, incluindo o ex-presidente Lula. Não há data para que o magistrado dê a sentença do caso.
Lula, que está preso em Curitiba desde o último sábado (7), não vai participar da audiência, segundo a assessoria do advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente. Apenas a defesa acompanha o interrogatório.
A denúncia referente a este processo foi apresentada em 15 de dezembro de 2016 e aceita por Moro quatro dias depois. Segundo o MPF, a Construtora Norberto Odebrecht pagou R$ 12.422.000 pelo terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula. Esta obra não foi executada.
Os procuradores também afirmam que Lula recebeu, como vantagem indevida, a cobertura vizinha à residência onde vive, em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com o MPF, foram usados R$ 504 mil para a compra do imóvel.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde o último sábado (7), devido à condenação em duas instâncias no processo sobre o triplex em Guarujá (SP). Ele cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
O ex-presidente também é réu em uma ação da operação que envolve um sítio em Atibaia, no interior paulista.