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    porto velho, domingo 29 de junho de 2025

Cônsul era arrogante e violento, diz amigo em depoimento: “Nada pode me acontecer”

Uwe Herbert Hahn é acusado pela morte do marido, o belga Walter Henri. Laudo do IML aponta múltiplas lesões no corpo da vítima


metropoles

Publicada em: 09/08/2022 10:37:32 - Atualizado

Em depoimento à polícia, um amigo do belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos, morto na última sexta-feira (5/8), afirma que a relação entre cônsul alemão e marido era marcada por humilhações e brigas violentas.

Segundo o depoente, um espanhol de 57 anos, Walter havia relatado uma série de agressões físicas e psicológicas que sofria por parte do marido, o cônsul Uwe Herbert Hahn, de 60, que está preso desde sábado (6/8), acusado pelo crime.

A nova testemunha foi ouvida pela 14ª DP (Leblon), que investiga o caso, na tarde de segunda-feira, dia 8. A diarista que trabalhava para o casal também prestou depoimento na unidade policial.

Em um trecho do depoimento, ao qual o site teve acesso, a testemunha diz que “Uwe era um pessoa extremamente arrogante e não raro escutava o cônsul vociferar: ‘Eu sou diplomata e nada pode me acontecer”’.

O espanhol também afirma que Uwe fazia uso constante de drogas e que, por ser cônsul, mandava Walter adquirir os entorpecentes. Ainda de acordo com ele, Walter e Uwe chegaram a se separar por alguns meses, mas o belga retornou para o Brasil pouco depois.

“Walter possuía um grande amigo rico na Bélgica. Por não tolerar mais as humilhações, resolveu se separar; o amigo belga arcou com toda sua mudança para Bélgica. Após três meses, Walter retornou ao Brasil e retomou o casamento”.


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