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    porto velho, domingo 29 de junho de 2025

Bebê atropelada e arrastada dentro de carrinho passará por procedimento de enxerto de pele

Criança completa 1 ano neste sábado. Ela teve lesões graves nos pés causadas pelo atrito da pele com o asfalto por conta do acidente.


G1

Publicada em: 13/08/2022 11:09:34 - Atualizado


BRASIL - A criança que estava em um carrinho de bebê quando foi atropelada e arrastada em 21 de julho terá de passar por um procedimento para enxerto de pele nos pés na próxima semana.

A bebê, que completa um ano neste sábado (13), ficou internada por 15 dias e teve alta no dia 5. Segundo a família, ela será hospitalizada para trocar os curativos e passar pelo procedimento.

O acidente aconteceu na Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, na Zona Sul de São Paulo. O pai da bebê estava atravessando a faixa de pedestres da avenida, empurrando o carrinho com ela, quando foram atingidos por um veículo branco, de acordo com o boletim de ocorrência.

Uma testemunha disse que viu quando o pai estava na metade da faixa de pedestre empurrando o carrinho com o bebê e o momento em que o carro branco se aproximou e avançou. No mesmo instante, o pai começou a bater no veículo, gritando, para alertar o motorista do veículo sobre o acidente. O carro não parou e seguiu arrastando a criança por cerca de 800 metros.

Bebê foi atropelada dentro do carrinho e na faixa de pedestres na cidade de SP

A motorista foi localizada em um condomínio próximo ao local do acidente. Ela disse que estava com a filha no carro e se assustou, por acreditar que tinha atropelado um ciclista. A mulher afirmou ainda que não desceu do carro no momento do atropelamento por medo de ser agredida.

Segundo a Segurança Pública de São Paulo (SSP), o caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo pelo 98º Distrito Policial (Jardim Miriam).

'Ela teve duas chances de parar'

A avó da criança disse que a motorista poderia ter evitado o acidente.

"Ela teve duas chances de parar, duas chances de parar, e não parou. O meu genro foi correndo atrás do carro, chamando, gritando, pedindo para ela parar, além das testemunhas que estavam no local, foram correndo junto com ele atrás do carro", afirma Eliana da Silva, avó da bebê.

Eliana da Silva, avó da bebê que está internada em um hospital na Zona Sul da capital. — Foto: Reprodução/ Tv Globo

O pai vinha com a criança no carrinho, eles atravessavam a rua, na faixa de pedestres para voltar para casa. Segundo a família, a caminhonete vinha no mesmo sentido e não parou para que pai e filha completassem a travessia. O homem foi derrubado e o carrinho com o bebê dentro ficou preso no para-choque da frente, arrastando a criança junto.

Apesar de a esquina em que ocorreu o acidente não ter semáforo, existe sinalização no asfalto com placas para os motoristas pararem.

A motorista do veículo, Renata Cândida da Cruz Nunes, dirigiu da Rua Galeno de Castro até a Avenida Eusébio Estevaux com o carrinho da criança preso no para-choque do veículo. Ela só parou na entrada do condomínio onde mora.

"Eu realmente não consigo entender porque é uma bebê, um ser indefeso e ela não teve essa capacidade, essa compaixão em parar o veículo e socorrer", afirmou a avó da criança.

A bebê foi encaminhada para a enfermaria do Hospital do Campo Limpo.

Em nota, a secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), informou que "policiais militares atenderam a ocorrência e verificaram que uma mulher, de 42 anos, conduzia uma I/MMC Outlander branca quando acabou atingindo um carrinho de bebê que estava sendo empurrado pelo pai da criança. O caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo pelo 98º Distrito Policial (Jardim Miriam), que requisitou perícia".



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