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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL- A economia brasileira ficou praticamente estagnada em fevereiro, performance menor que a esperada por analistas e que destaca a dificuldade que o país enfrenta de imprimir ritmo mais consistente de expansão no início do ano.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta segunda-feira, apresentou expansão de apenas 0,09 por cento em fevereiro na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de crescimento de 0,15 por cento, na mediana das projeções de especialistas consultados. Ao mesmo tempo, o BC piorou o desempenho de janeiro, para mostrar recuo de 0,65 por cento na comparação mensal, após informar anteriormente queda de 0,56 por cento. Os diferentes setores da economia brasileira exibiram performance lenta em fevereiro, mostrando a irregularidade e inconsistência da atividade para voltar a crescer com vigor após profunda recessão.
A produção industrial brasileira teve o resultado mais fraco para fevereiro em dois anos ao crescer 0,2 por cento, com perdas na fabricação de bens intermediários e de consumo semiduráveis e não duráveis. Em um ambiente de inflação e juros baixos, mas com desemprego em alta e mercado de trabalho ainda baseado na informalidade, as vendas varejistas encolheram 0,2 por cento em fevereiro, enquanto o setor de serviços teve crescimento inesperadamente fraco de 0,1 por cento.
Na comparação com fevereiro de 2017, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve alta de 0,66 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses apresentou expansão de 1,32 por cento, segundo dados observados. A pesquisa Focus realizada pelo BC semanalmente com uma centena de economistas mostrou que a expectativa para o PIB este ano é de expansão de 2,76 por cento, cenário que vem perdendo força há algumas semanas.
Para 2019, a estimativa é de alta de 3 por cento do PIB.