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porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025
BRASIL- O período de chuvas intensas acentua um problema histórico para quem depende da Rodovia Transamazônica. Os atoleiros tornam a viagem perigosa. A falta de pavimentação obrigam motoristas a ser ariscar em meio à lama.
A péssima condição da estrada, que vai do Amazonas até a Paraíba, é motivo de dor de cabeça desde a inauguração, na década de 70. Há quem precise interromper a viagem para tirar o barro do escapamento da moto e quem só saí guinchado.
Essa situação piora no período de chuvas, aumentando os riscos de acidentes. Filas de carros são formadas para enfrentar o atoleiro, na altura do quilômetro 170, entre os municípios de Medicilândia e Uruará, região do sudoeste do Pará.
"A gente que anda na estrada, principalmente agora na chuva, tem que ter muita atenção para poder colocar o carro para andar, muito cuidado e a dificuldade que a gente passa para carregar os alimentos. Já peguei atoleiro, já passei noite e dia com fome", conta Raimundo Sérgio, caminhoneiro.
O Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito, informou que uma equipe técnica e operacional está atuando para atender demandas no perímetro não pavimentado, principalmente no período de chuvas intensas, que aumenta o risco de acidentes.
Nessa semana, uma caminhonete capotou no quilômetro 112 entre as cidades de Itaituba e Jacareacanga, que não é pavimento. Cinco pessoas ficaram feridas e uma delas em estado grave.
Maranhão
No interior do Maranhão, outro trecho da BR-230 ficou completamente interditado. A enxurrada levou um pedaço da rodovia. Os trabalho de reparos já começaram, mas não há previsão de liberação. Motoristas devem pegar rotas alternativas. O dono de uma fazenda cobra R$20 para quem quiser encurtar a viagem.
Bahia
Na Bahia, uma cratera se abriu na BR-101, entre Teixeira de Freitas e Itamaraju. A pista cedeu devido às fortes chuvas, segundo a PRF, ninguém ficou ferido. O tráfego de veículos está totalmente interditado no local.