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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

Seca do Rio Madeira atinge nível crítico na manhã de sábado (24/08)

Relatórios da última semana mostram que a maioria dos rios em Rondônia teve uma diminuição em seus níveis...


Redação

Publicada em: 24/08/2024 09:04:14 - Atualizado

Seca do rio Madeira em 2024 — Foto: Rede Amazônica

PORTO VELHO, RO: A crise hídrica no Rio Madeira se agrava em Porto Velho, conforme apontam os dados mais recentes do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Neste sábado, pela manhã, o nível do rio caiu para 1,77 metro, indicando uma situação preocupante que tende a se intensificar nas semanas seguintes.

Relatórios da última semana mostram que a maioria dos rios em Rondônia teve uma diminuição em seus níveis, com a exceção dos rios em Guajará-Mirim e Jirau-Jusante Beni, que ainda mantêm níveis normais. 

Em contraste, Porto Velho e Ji-Paraná enfrentam os menores níveis históricos para o período.

O último boletim de monitoramento hidrológico da bacia do Rio Madeira, liberado na sexta-feira, prevê que o rio em Porto Velho prosseguirá em seu processo de redução de volume, reforçando as preocupações com as adversidades causadas pela seca extrema.

A falta de chuvas significativas, que já dura três meses na capital rondoniense, tem agravado a situação. Segundo especialistas, a seca extrema é causada por dois fatores principais: o aquecimento anômalo do Oceano Atlântico Norte e o fenômeno El Niño, que provoca atrasos no início da temporada de chuvas e enfraquecimento das precipitações.

A seca também ameaça a geração de energia na região, onde o Rio Madeira abriga as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, responsáveis por cerca de 7% da capacidade de geração do sistema elétrico nacional. 

A Agência Nacional de Águas (ANA) já alertou para o risco de paralisação da hidrelétrica de Santo Antônio, que opera em regime de "fio d'água" e depende diretamente do fluxo do rio para funcionar. Caso a vazão continue a diminuir, as turbinas podem ser desativadas para evitar danos permanentes, enquanto a usina de Jirau, com maior flexibilidade operacional, ainda não enfrenta risco imediato.


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