PORTO VELHO-RO: Recém-inaugurado após mais uma obra milionária custeada com dinheiro da população de Porto Velho, o complexo histórico da praça da Madeira Mamoré, que atualmente é administrado pela empresa Amazonfort através de um contestado contrato de concessão pública, terá a sua primeira festa “Rave” em seus mais de cem anos de história.

O acesso ao evento não será gratuito, aliás, terá preço salgado de entrega, que vai de R$ 100 a R$ 240, um preço fora da realidade do cidadão assalariado, fato que elitiza o espaço, que deveria ser um local de diversão e exercício da qualidade de vida do cidadão que vive na capital rondoniense.

De acordo com os anúncios da organização do evento, que começa de tarde e vai até a meia noite, horário que um cidadão não pagante é proibido de permanecer dentro da praça da Madeira Mamoré.

Recentemente o grupo Amazonfort também anunciou a cobrança de ingresso para quem tiver interesse de ter acesso a história de Porto Velho através do Museu da Estrada de Ferro, que nunca em sua história havia cobrado entrada aos visitantes do espaço público.

A reportagem entrou em contato com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, que não informou, até o fechamento da matéria, se a festa “Rave”, que acontece neste sábado (28), tem a anuência ou não do órgão, que possui poder de embargar essa festa em nome da proteção do patrimônio histórico nacional.

Com a palavra o Ministério Público Federal.

Festa RAVE - Evento festivo de música eletrônica que dura muito tempo, podendo chegar a dias, e que acontece em locais como galpões ou sítios, longe dos centros urbanos.