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porto velho, domingo 4 de maio de 2025
PORTO VELHO - RO - Enquanto o asfalto da Avenida Jorge Teixeira se deteriora sob o peso de caminhões pesados e os acidentes se acumulam nos horários de pico, a bancada federal de Rondônia permanece em silêncio diante da suspensão de uma medida sensata adotada pelo prefeito de Porto Velho, Léo Moraes.
A decisão municipal, que restringia o tráfego de veículos de carga em horários críticos, buscava reduzir o congestionamento e proteger a infraestrutura urbana. No entanto, o DNIT decidiu barrar a medida, ignorando a realidade local.
O resultado da medida suspensa pelo DNIT está nas tragédias que se acumulam nas estradas. No dia 2 de maio, uma ambulância da Secretaria de Saúde de Jaru colidiu com um ônibus de transporte de pacientes de Buritis na BR-364, próximo a Itapuã do Oeste. A técnica em enfermagem Cristiane R., de 37 anos, e uma paciente de 66 anos que havia acabado de sair da UTI morreram na hora. O motorista ficou gravemente ferido e foi socorrido por helicóptero.
Essas mortes escancaram o risco diário enfrentado por pacientes transferidos do interior para a capital. Ambulâncias precisam disputar espaço com carretas e caminhões em uma rodovia sem acostamento adequado e com trechos urbanos colapsados, como a Jorge Teixeira.
O prefeito tentou agir. Mas sem respaldo político, teve sua medida anulada por decisões burocráticas tomadas a quilômetros de distância, sem um 'pio do superintendente local André Lima dos Santos, que deu de ombros para evitar acidentes e descongestionar o caótico trânsito de Porto Velho com tráfego intenso de carretas.
Porto Velho não pode continuar sendo refém da omissão de seus representantes. É urgente que a bancada federal de Rondônia assuma sua responsabilidade e atue em defesa da mobilidade urbana, da autonomia municipal e, principalmente, da vida dos cidadãos.