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    porto velho, quarta-feira 19 de março de 2025

"Como Matar um Rio" mostra drama dos ribeirinhos durante as queimadas e a seca do rio Madeira

Obra parte de uma visão poética para revelar a dura realidade dos povos ribeirinhos na luta por água e comida durante a crise climática....


G1

Publicada em: 17/03/2025 09:00:54 - Atualizado

RONDÔNIA: 🎬 O documentário "Como Matar um Rio", gravado em comunidades ribeirinhas ao longo do rio Madeira, em Porto Velho, retratará a beleza das paisagens da região em contraste com as queimadas e a extrema seca de 2024. Segundo a produção, a obra parte de uma visão poética do cotidiano para revelar a dura realidade dos povos ribeirinhos na luta por água e comida durante a crise climática.

A data de estreia está marcada para o dia 21 de março, a partir das 19h, no Cinema da Floresta, em Porto Velho.

A produção faz parte do projeto “Vozes do Madeira” e foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital 001/2024. As gravações destacam a riqueza e a beleza cultural dessas localidades, ao mesmo tempo em que discutem a preservação da floresta e da biodiversidade.

Dirigido por Chicão Santos, o trabalho envolveu uma equipe de cerca de 10 pessoas, incluindo tradutores de Libras. A produção levou quase 12 meses, com duas visitas aos distritos: a primeira, em junho, quando o rio estava mais cheio, e a segunda, em setembro, durante a seca severa.

A narrativa se divide em dois momentos. O primeiro apresenta um olhar poético sobre a cultura e as festividades dos ribeirinhos, em um período em que o rio ainda estava cheio. O segundo retrata a seca extrema enfrentada pelas comunidades e os desafios para sobreviver em meio à fumaça e à escassez de água.

"A equipe enfrentou grandes dificuldades, pois a navegabilidade estava comprometida e a captação de imagens foi prejudicada pela fumaça. No rio, já não havia mais jacarés, estava tudo seco”, relata o diretor Chicão.

Ambas as partes exploram a relação do povo com o rio Madeira, buscando sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação ambiental e do apoio ao desenvolvimento sustentável dessas comunidades.

De acordo com o diretor, o principal objetivo, após a conclusão das gravações, era mostrar todas as camadas de ser e viver ribeirinho, além de dar visibilidade e instigar discussões sobre sustentabilidade e conservação ambiental.

O documentário estreia no dia 21 de março, às 19h, e será exibido gratuitamente no Cinema da Floresta, localizado na Rua Franklin Tavares, no bairro Pedrinhas, em Porto Velho.



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