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porto velho, sábado 2 de novembro de 2024
BRASIL: Os brasileiros que viajaram para o exterior gastaram US$ 12,3 bilhões (o equivalente a R$ 60 bilhões) entre janeiro e outubro, o que já representa o maior nível das despesas fora do país desde 2019, mesmo sem considerar os últimos dois meses restantes de 2023.
Trata-se do maior patamar desde o início da pandemia da Covid-19. Os dados foram divulgados pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (4).
Para efeito de comparação, em todo o ano de 2022 os viajantes gastaram US$ 12,1 bilhões (o que representa R$ 59 bilhões) em outros países. Antes disso, apenas em 2019 os turistas gastaram mais fora: US$ 17,5 bilhões (R$ 85,4 bilhões).
Na contramão, os estrangeiros também investiram mais recursos em solo nacional. Entre janeiro e outubro, segundo o BC, viajantes de outros países deixaram US$ 5,6 bilhões (R$ 27,3 bilhões) na economia brasileira — o maior patamar desde 2019, quando os gastos totalizaram US$ 5,9 bilhões (R$ 28,8 bilhões).
O saldo anual das viagens está negativo em US$ 6,6 bilhões (R$ 32,2 bilhões) no acumulado do ano. Historicamente, o volume gasto por brasileiros no exterior é maior do que o estrangeiro em solo brasileiro. Em 2022, o resultado também foi negativo e ficou em US$ 7,2 bilhões (R$ 35,1 bilhões).
Considerando apenas o mês de outubro, os brasileiros gastaram US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões) em outros países — uma reação em relação a setembro, que havia registrado baixa sobre agosto.
Na outra ponta, os estrangeiros deixaram US$ 650 milhões (R$ 3,1 bilhões) no Brasil, também uma resposta a setembro, quando esses gastos haviam encolhido.
A diferença entre os gastos no exterior e os de estrangeiros no Brasil ficou negativo em US$ 679 milhões (R$ 3,3 bilhões) — o que é comum no histórico do balanço de viagens.