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    porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024

Possibilidade de inflação furar o teto da meta pelo 3º ano seguido recua de 67% para 17%, afirma BC

Relatório Trimestral de Inflação derruba de 5% para 4,6% a expectativa de alta do IPCA neste ano


R7

Publicada em: 21/12/2023 10:24:34 - Atualizado

BRASIL: A nova edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgada nesta quinta-feira (21) pelo BC (Banco Central), derrubou de 5% para 4,6% a expectativa de avanço dos preços neste ano.

Com a nova projeção, a autoridade monetária reduz de 67% para 17% a probabilidade de o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) furar o teto da meta do governo pelo terceiro ano seguido.

Segundo o BC, a alteração "reflete a queda na projeção para 2023 e a redução da incerteza associada a um horizonte mais curto de projeção". O limite da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para a inflação oficial deste ano é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).

Até novembro, o IPCA acumula alta de 4,04% e tem variação de 4,68% nos últimos 12 meses. Caso a expectativa de alta na casa de 0,43% seja efetivada, o índice fechará o ano em 4,49%, abaixo da projeção do RTI.

Para os primeiros três meses de 2024, a expectativa é que a inflação acumulada em 12 meses continue em ritmo de queda, influenciada pelo "efeito descarte" do mesmo período deste ano, quando ocorreu reoneração parcial de gasolina e etanol.

Com as atualizações, o BC projeta reduções no valor final do IPCA no final de 2024 (3,5%), 2025 (3,2%) e 2026 (3%). Os principais fatores que contribuíram para a alteração nas projeções menores envolvem queda do preço do petróleo, a trajetória da taxa básica de juros e aumento da incerteza econômica.

Por outro lado, o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis a partir de fevereiro de 2024, os efeitos do El Niño e os indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado podem resultar em elevação dos preços.



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