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porto velho, quarta-feira 30 de outubro de 2024
BRASIL: A taxa de desemprego no Brasil recuou e chegou a 6,9% no trimestre encerrado em junho, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em maio. O resultado é o menor para o período desde 2014. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa mostra que 7,5 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população desocupada diminuiu no trimestre (-12,5%, menos 1,1 milhão de pessoas) e no ano (-12,8%, menos 1,1 milhão de pessoas).
De acordo com o estudo, a população ocupada — o total de trabalhadores do país — atingiu 101,8 milhões no trimestre encerrado em junho, novo recorde da série histórica. O aumento se deu nas comparações trimestral (1,6%, mais 1,6 milhão de pessoas) e anual (3%, mais 2,9 milhões de pessoas).
Além disso, o número de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões) também bateu o recorde da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,2 milhões). Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou a manutenção de resultados “positivos e sucessivos”. “Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, afirmou.
Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.214 — com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual.
A analista do IBGE observa que o aumento do rendimento está sendo impulsionado pela expansão do número de trabalhadores em diversas atividades, seja no setor público ou privado. “Essa expansão disseminada entre as diversas atividades econômicas é bastante importante, porque acaba beneficiando tanto os trabalhadores em ocupações de maior renda quanto aqueles de menor rendimento”, afirmou.
A massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.
A população desalentada registrou 3,3 milhões, atingindo o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões). O resultado mostra um recuo de 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e de 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano.
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.