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    porto velho, segunda-feira 16 de setembro de 2024

Produção industrial brasileira cai em julho após registrar recorde no mês anterior

No acumulado dos primeiros sete meses do ano, indústria teve expansão de 3,2%, egundo dados da Pesquisa Industrial Mensal


R7

Publicada em: 04/09/2024 09:49:01 - Atualizado

BRASIL: A produção industrial brasileira recuou 1,4% em julho na comparação com o mês anterior, interrompendo a alta registrada em junho, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a indústria brasileira teve expansão de 3,2%.

Em junho, a indústria marcou o resultado positivo (4,3%) mais intenso desde julho de 2020 e eliminou a perda de 1,8% acumulada no período abril-maio de 2024.

No confronto com julho do ano passado, o total da indústria cresceu 6,1%, marcando a segunda taxa positiva consecutiva e a expansão mais intensa desde abril de 2024 (8,4%).

Já no acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial avançou 2,2% em julho, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de crescimento em relação aos resultados de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).

Em julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente 7 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e indústrias extrativas (-2,4%).

Vale destacar também a influência negativa registrada pelo setor de celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).

Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram expansão na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias, ao assinalar 12% em julho de 2024, exerceu o principal impacto na média da indústria e intensificou o ritmo de crescimento frente ao resultado de junho (4,8%).

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos de:

metal: (8,4%)

produtos diversos: (18,8%)

produtos químicos: (2,7%)

artefatos de couro, artigos para viagem e calçados: (12,1%)

máquinas e equipamentos: (4,2%)

impressão e reprodução de gravações: (23,4%)

produtos de borracha e de material plástico: (3,5%)

outros equipamentos de transporte: (9%)

máquinas, aparelhos e materiais elétricos: (5,1%)

confecção de artigos do vestuário e acessórios: (5,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) assinalou a taxa negativa mais elevada em julho de 2024 e eliminou parte do crescimento de 4,5% registrado no mês anterior.

Julho de 2024 x julho de 2023

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 6,1% em julho de 2024, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados.

O IBGE destacou que julho de 2024 (23 dias) teve 2 dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (26,8%) e produtos químicos (10,5%).

Os resultados foram impulsionados, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, autopeças, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para o transporte de mercadorias e caminhões, na primeira; e fungicidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para construção, desinfetantes, herbicidas para plantas, fertilizantes químicos das fórmulas NPK, inseticidas para uso na agricultura, polietileno linear, etileno não saturado e poliestireno, na segunda.



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