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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

Inflação oficial acelera em setembro, com alta dos preços da energia elétrica

No ano, IPCA acumula alta de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses anteriores


R7

Publicada em: 09/10/2024 08:32:34 - Atualizado

BRASIL: A inflação oficial do país voltou a acelerar, após ficar estável no mês anterior, e ficou em 0,44% em setembro, informou nesta quarta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve um aumento de 0,46 ponto percentual em relação a agosto, quando variou -0,02%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em setembro de 2023, a variação havia sido de 0,26%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram maior influência nos resultados de setembro: habitação (1,8%) e alimentação e bebidas (0,5%). Os demais grupos ficaram entre o -0,31% de despesas pessoais e o 0,46% de saúde e cuidados pessoais.

No grupo habitação, o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$4,463 a cada 100kwh consumidos.

Ainda neste segmento, houve aumento do gás de botijão (2,4%). Além disso, o resultado do gás encanado (0,02%) decorre do reajuste médio de 2,77%, no Rio de Janeiro (0,17%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba, a partir de 1º de agosto (-0,25%).

Alimentação em casa encarece

Em alimentação e bebidas (0,5%), a alimentação no domicílio teve alta de 0,56%, após dois meses consecutivos de queda. Foram observados aumentos nos preços do mamão (10,34%), da laranja-pera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%).

No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%).

A alimentação fora do domicílio (0,34%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% em agosto para 0,18% em setembro, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

Passagens aéreas seguem mais caras

No grupo transportes (0,14%), o aumento de preços no grupo foi influenciado pela alta das passagens aéreas (4,64%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.

Em relação aos combustíveis (-0,02%), gasolina (-0,12%) e óleo diesel (-0,11%) apresentaram quedas, enquanto o etanol (0,75%) e o gás veicular (0,03%) registraram alta nos preços.

Preços por região

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,07%), por conta dos recuos da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

Moradores de Curitiba, Rio Branco, São Luís, Campo Grande, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória também sentiram impacto mais forte dos preços em setembro, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (base).




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