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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
Dos 13 milhões de brasileiros desempregados, 8,3 milhões são pretos ou pardos, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desocupação entre o grupo (percentual da população com idade para trabalhar, mas que está desempregada) ficou em 14,6% no terceiro trimestre de 2017. Entre os trabalhadores brancos, esa taxa é de 9,9%. Os dados fazem parte da Pnad Contínua Trimestral (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
A série histórica do levantamento, que começou em 2012, mostra que a taxa de desemprego é sempre maior entre a população preta e parda.
No auge da crise do emprego, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação geral era de 13,7%, sendo 10,9% para brancos e 16,2% para pretos e pardos.
Já no terceiro trimestre do ano, a taxa do grupo caiu para 14,6%, ante 12,4% da população geral e 9,9% para brancos.
Para o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, indicadores como esses revelam quão desigual é o mercado de trabalho brasileiro.
— Entre os diversos fatores estão a falta de experiência, de escolarização e de formação de grande parte da população de cor preta ou parda. Isso é um processo histórico, que vem desde a época da colonização. Claro que se avançou muito, mais ainda tem que se avançar bastante, no sentido de dar a população de cor preta ou parda igualdade em relação ao que temos hoje na população de cor branca.