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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
O mercado doméstico reage nesta quinta-feira (22) à “debandada” no Ministério da Economia, anunciada na véspera, após o fechamento dos pregões.
Às 10h20 dólar spot operava em alta de 0,81% pouco após as 9h, cotado a R$ 5,7043. Mia cedo, o dólar futuro superava R$ 5,70 pela primeira vez desde abril, conforme investidores seguiam impondo nos preços riscos maiores de abandono da responsabilidade fiscal com o furo do teto de gastos.
No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,07%, aos 106.584 pontos.
O saldo da véspera para o principal índice da bolsa foi uma queda de 2,75%, para o menor nível de fechamento desde novembro passado, após ter perdido mais de 4% durante a tarde.
Em dólar, já somos a pior bolsa do mundo em 2021. Segundo dados da Economatica, nossas empresas perderam R$ 284 bilhões em valor de mercado
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram demissão, junto com a secretária especial adjunta do Tesouro , Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.
Os secretários resolveram deixar seus cargos depois da decisão do governo de romper o teto de gastos para acomodar o Auxílio Brasil.
A gota d´água teria sido o silêncio do ministério da Economia, Paulo Guedes, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometer um auxílio para caminhoneiros contra o aumento do diesel, e da mudança no teto de gastos.
As manobras para furar o teto vieram dentro da PEC dos Precatórios, aprovada ontem à noite pela comissão especial da Câmara.
A ideia original da PEC era jogar R$ 50 bilhões em precatórios para frente, mas o texto aprovado ontem garante um espaço ainda maior, de R$ 83 bilhões para bancar “pacote de bondades” que ajude a reeleição de Bolsonaro.