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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: O volume de vendas do comércio varejista saltou 1,1% em fevereiro, segunda alta seguida após a alta de 0,8% verificada em janeiro, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a variação apresentada pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), o setor figura 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série, alcançado em outubro de 2020. No acumulado do primeiro bimestre, o varejo acumula variação negativa de -0,1%. Já nos últimos 12 meses, o segmento cresceu 1,7%.
As atividades que compõem o índice geral do setor, porém, ainda apresentam comportamentos distintos em relação a fevereiro de 2022. Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria, por exemplo, está 38,7% abaixo do nível pré-pandemia, enquanto artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria está 21,9% acima desse patamar.
Na comparação com janeiro, o volume de vendas do comércio varejista foi positivo em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (8%), Rondônia (8%) e Acre (5,9%). Somente Tocantins teve resultado negativo (-3,7%).
O dado positivo de fevereiro surge com taxa positivas seis das oito atividades pesquisadas pelo indicador. Ainda que o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%. Para Cristiano Santos, gerente responsável pela pesquisa, a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria vem perdendo importância no varejo por conta dos grandes marketplaces, que vendem livros online, mas não estão inseridos nessa categoria.
Diante da situação, ele avalia o avanço atual como insuficiente para o ramo recuperar os níveis anteriores. “O que segurava a atividade era o mercado de livros didáticos, que foi bastante afetado pela pandemia com o ensino online e a migração do material impresso para o meio digital. Ocorre que no início deste ano houve uma retomada relacionada, principalmente, com os grandes contratos de livros didáticos”, explica Santos.
Mesmo com altas menores, os maiores impactos do comércio no mês vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%). Também avançaram, em fevereiro, outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%).
O IBGE ressalta que os indicadores de volume de vendas seguem impactados pela inflação dos alimentos. Por outro lado, o volume de vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria recuou 5,6%, depois de três altas seguidas. Já o ramo de equipamentos e material para escritório informática e comunicação apresentou estabilidade.