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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Em quatro semanas, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2022 avançou de 6,86%, no fim de março, para 7,65%, esta semana. Há uma semana, previsão era de 7,46%. Esta foi a 15ª alta seguida na estimativa.
O número, divulgado nesta terça-feira (26), atualiza as estimativas do mercado financeiro após o Banco Central passar três semanas sem publicar o Boletim Focus por conta da greve dos servidores da instituição. A última edição do documento tinha sido publicada dia 28 de março.
O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos e, tradicionalmente, costuma ser publicado às 8h25 de toda segunda-feira.
De acordo com o Boletim, foram 15 altas semanais consecutivas na mediana das previsões para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A expectativa para 2023, que subiu por três semanas seguidas, passou de 3,8%, no fim de março, para 4%, nesta semana.
A expectativa para ambos os anos, 2022 e 2023, está acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), respectivamente de 3,5% e 3,25%. Se confirmado o valor do IPCA previsto para este ano, no entanto, será o segundo ano de rompimento do limite superior da meta de inflação, que em 2022 não deveria ultrapassar os 5%.
Dessa forma, os analistas também elevaram as previsões para a taxa básica de juros, a taxa Selic, que deve alcançar os 13,25% ao ano até o fim de 2022. A taxa básica de juros é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a pressão inflacionária.
A estimativa da Selic em 2023, por outro lado, se manteve em 0% a.a.. Nas próximas reuniões, as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) já miram a meta de 2023 e não mais deste ano, visto que mudanças nos juros levam entre seis e 18 meses para ter impacto na atividade econômica. O próximo encontro do Copom acontece na próxima semana.
A estimativa do crescimento econômico para 2022 avançou para 0,65%, ante 0,50% há quatro semanas. Fora quatro altas consecutivas ao longo desse mês com divulgações suspensas.
Por outro lado, no mesmo período, o mercado reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de alta de 1,30% para 1% em 2023.